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Samarco planeja reflorestar área de barragem de Fundão até 2022

O plano, que ainda está em fase conceitual, prevê a deposição de cerca de 29 milhões de metros cúbicos (m3) de um material arenoso dentro da barragem

Mariana: "Após o rompimento de Fundão, a Semad cancelou a licença que a gente tinha para a exploração daquela área como barragem" (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Mariana: "Após o rompimento de Fundão, a Semad cancelou a licença que a gente tinha para a exploração daquela área como barragem" (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 17h42.

Rio de Janeiro - A mineradora Samarco apresentou ao órgão ambiental de Minas Gerais (Semad) um plano que prevê a estabilização definitiva da barragem de Fundão, que se rompeu em 2015, em Mariana (MG), e sua completa recuperação ambiental até 2022, disse à Reuters, nesta quinta-feira, o gerente-geral de Estratégia, Gestão e Informação da companhia, Alexandre Souto.

A medida, segundo o executivo, cumpre determinação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, após o colapso da estrutura, que causou o maior desastre ambiental do Brasil e 19 mortes.

"Após o rompimento de Fundão, a Semad cancelou a licença que a gente tinha para a exploração daquela área como barragem e solicitou à empresa que apresentasse um plano de recuperação", disse Souto, explicando que a iniciativa não está prevista no acordo fechado pela mineradora com o governo federal.

O plano, que ainda está em fase conceitual, prevê a deposição de cerca de 29 milhões de metros cúbicos (m3) de um material arenoso dentro da barragem da companhia, cobrindo os cerca de 13 milhões de m3 de rejeitos de minério de ferro que permanecem no interior da estrutura.

Posteriormente, a empresa prevê reflorestar toda área que era utilizada pela barragem de Fundão.

Souto disse que ainda não há uma estimativa precisa de quanto precisará ser investido na recuperação.

No entanto, adiantou que apenas a fase de reflorestamento, considerada a menos onerosa, deverá demandar cerca de 8 milhões de reais, segundo previsões iniciais.

A Samarco é uma joint venture da brasileira Vale com a anglo-australiana BHP Billiton.

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