Negócios

Samarco faz reparos em barragens que correm risco

A Samarco disse que está realizando monitoramento em tempo real e fazendo reparos de emergência em duas de suas barragens


	Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco em Mariana, MG
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco em Mariana, MG (Ricardo Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 22h54.

A mineradora Samarco disse nesta terça-feira que está realizando monitoramento em tempo real e fazendo reparos de emergência em duas de suas barragens de rejeitos que sofreram danos na sequência do colapso da barragem do Fundão na região de Mariana (MG), no último dia 5, causando o maior desastre ambiental do país e a morte de pelo menos 11 pessoas.

Executivos da Samarco Mineração, propriedade da Vale e da BHP Billition, disseram durante entrevista coletiva nesta terça-feira que a barragem de Santarém corre o maior risco de colapso e que suas equipes estão correndo para transportar 500 mil metros cúbicos de pedra para sustentá-la.

O diretor de Operações da Samarco, Kleber Terra, disse que os repares na Santarém e também na barragem de Germano devem levar entre 45 e 90 dias.

O engenheiro civil da Samarco José Vasconcelos disse que a barragem de Santarém foi atingida por cerca de 40 milhões de metros cúbicos de lama e água lançados pela barragem do Fundão.

Ele estima que 20 milhões de metros cúbicos de lama e detritos sedimentaram no vale, mas cerca de 5,5 milhões de metros cúbicos de rejeitos ainda estão sendo contidos pela barragem de Santarém.

Logo após o colapso do Fundão, a Samarco havia informado que Santarém também tinha rompido, mas posteriormente foi confirmado que a barragem apenas sofreu danos.

A empresa está tentando realizar os reparos o mais rápido possível antes que a região mineira entre na estação das chuvas, o que poderia complicar os esforços de reparação e erodir ainda mais a represa danificada.

As fortes chuvas estão se movendo em toda sudeste do Brasil, incluindo o vale do Rio Doce, em Minas Gerais, onde ocorreu o desastre, e rio abaixo no Estado do Espírito Santo, onde a lama só agora está chegando 12 dias após o estouro da barragem.

A barragem de Germano, a maior e mais antiga barragem de rejeitos da Samarco, também foi danificada pelo rompimento do=e Fundão.

Mas a Germano está desativada há anos e engenheiros dizem que está quase completamente seca e é muito mais estável do que Santarém ou do que era a barragem do Fundão.

A Samarco disse que está monitorando continuamente as barragens com radares, lasers e drones.

"Não houve nenhum movimento detectado em relação às barragens," disse Terra.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasIndústriaMariana (MG)MineraçãoSamarco

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida