Negócios

Samarco é acusada de não pagar acordo com pescadores

Os pescadores receberiam um salário mínimo, mais 20% por dependente e uma cesta básica por mês


	O acordo não passou do papel: os pescadores receberiam um salário mínimo, mais 20% por dependente e uma cesta básica por mês
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

O acordo não passou do papel: os pescadores receberiam um salário mínimo, mais 20% por dependente e uma cesta básica por mês (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2016 às 13h15.

Belo Horizonte - Pescadores acusam a Samarco de não pagar os valores previstos no termo de ajustamento de conduta (TAC) fechado com o Ministério Público depois do rompimento da barragem da empresa em Bento Rodrigues, Mariana, em 5 de novembro.

Pelo acerto, os pescadores receberiam um salário mínimo, mais 20% por dependente e uma cesta básica por mês. O TAC foi fechado em 10 de dezembro.

Com o rompimento da barragem, rejeitos de minério de ferro atingiram o Rio Doce, destruindo flora e fauna, inviabilizando a pesca. Segundo Lélis Barreiros, presidente da Associação dos Pescadores de Conselheiro Pena (Aspec), município do Leste de Minas, dos 110 associados da entidade, 39 não receberam nada até hoje.

A superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura em Minas Gerais, Vanessa Gaudereto, afirmou que pescadores dos municípios de Periquito e Rio Casca também estão sem receber os recursos.

"Estamos fazendo um monitoramento sobre quem não recebeu os recursos", afirmou Gaudereto. Segundo Barreiros, os associados estão vivendo "da ajuda dos vizinhos".

Os representantes do ministério e da associação dos pescadores de Conselheiro Pena participam desta segunda-feira, 25, de reunião da Comissão Extraordinária das Barragens criada pela Assembleia Legislativa para investigar as causas do rompimento da barragem da Samarco e os impactos sociais e ambientais da tragédia. A mineradora ainda não se posicionou sobre as declarações do presidente da Aspec.

A Samarco foi convidada para a reunião mas não enviou representante.

A justificativa foi que o funcionário que iria à Assembleia estava participando das negociações sobre as ações do plano de emergência que está sendo discutido entre a União, governos de Minas e Espírito Santo, os dois estados cortados pelo Rio Doce, a empresa e suas controladoras, Vale e BHP Billiton.

Segundo o relator Rogério Correia (PT) ainda não há previsão para conclusão do relatório final da comissão extraordinária.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasIrregularidadesMariana (MG)Minas GeraisSamarco

Mais de Negócios

Início humilde, fortuna bilionária: o primeiro emprego dos mais ricos do mundo

A Lego tinha uma dívida de US$ 238 milhões – mas fugiu da falência com apenas uma nova estratégia

Jovens de 20 anos pegaram US$ 9 mil dos pais para abrir uma startup — agora ela gera US$ 1 milhão

Qual é o melhor horário para comprar na Black Friday 2024?