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Sam Zell e Pátria unem negócios de auto-armazenagem no Brasil

Companhia resultante da fusão da GuardeAqui, de Zell, e da Kipit, da Pátria, devem abrir 30 unidades de armazenamento até 2020

Sam Zell: nova joint venture vai responder por um terço do área locável para auto armazenamento no país (GettyImages)

Sam Zell: nova joint venture vai responder por um terço do área locável para auto armazenamento no país (GettyImages)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2017 às 08h50.

São Paulo - O magnata imobiliário Sam Zell e a Pátria Investimentos concordaram nesta quarta-feira em combinar seus negócios de auto armazenagem no Brasil em uma joint venture, com o objetivo de mais do que duplicar a capacidade até 2020.

De acordo com o plano, a companhia resultante da fusão da GuardeAqui, de Zell, e da Kipit, da Pátria, devem abrir 30 unidades de armazenamento no período, um investimento que pode chegar a 600 milhões de reais com base no custo médio de construção de uma unidade no mercado local.

Cada unidade custa cerca de 20 milhões de reais para ser montada, disse em entrevista Fauze Antun, sócio da área imobiliária da Pátria.

Apesar de ter recusado detalhar os compromissos de investimento de cada um dos sócios, Antun disse que a maior parte dos recursos deve vir de Pátria, uma vez que Kipit é a menor das duas empresas.

Com cerca de 20 unidades, a joint venture vai responder por um terço do área locável para auto armazenamento no país, disseram os investidores em comunicado. A empresa combinada, que irá operar sob a marca GuardeAqui, deverá ter participação praticamente igual dos sócios, disse Antun.

O objetivo é expandir a liderança da GuardeAqui no mercado fragmentado de auto armazenagem do Brasil, que ganhou força na última década quando houve um crescimento da demanda porimóveis residenciais.

O auto armazenamento permite que consumidores guardem seus pertences quando se mudam para residências menores ou durante viagens mais longas, por exemplo. O setor também ganhou impulso com o avanço do comércio eletrônico no país.

Quando a empresa combinada atingir o objetivo de abrir 50 unidades, Zell e Pátria começarão a considerar uma possível saída para a GuardeAqui, por meio de uma oferta inicial de ações ou com uma venda para outro investidor ou outra opção, disse Antun.

Embora o mercado de auto armazenagem ofereça um dos retornos mais estáveis do setor imobiliário, o segmento permanece subdesenvolvido no Brasil dado o financiamento escasso, disse diretor-presidente da GuardeAqui, Allan Paiotti.

De qualquer forma, a natureza flexível dos contratos de locação de auto armazenagem e o fato de que os clientes corporativos representam metade de seus negócios garantiram ao setor uma reputação de resistente à crise, acrescentou Paiotti.

Nos últimos anos, a indústria brasileira de auto armazenagem atraiu investidores como a Hemisfério Sul Investimentos, com base em São Paulo, e a norte-americana Evergreen Investment, que aplicou 150 milhões de dólares para criar a GoodStorage em 2013. A unidade de negócios especiais do Goldman Sachs investiu na MetroFit no ano passado, o primeiro investimento do banco desse tipo no Brasil.

A Equity International, de Sam Zell, entrou na GuardeAqui em 2011, investindo 58 milhões de dólares. A Kipit faz parte da carteira de investimentos do Fundo Imobiliário III do Pátria.

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