Segundo Elton Moraes, do Hay Group, de nada adianta a academia dentro da empresa e as mais variadas políticas de bem-estar se não houver um empenho dos gestores na causa. (SXC.Hu)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 18h52.
São Paulo – A maior parte das pessoas acha que ganha pouco para o tanto que trabalha. Seja por pura insatisfação ou por uma real sobrecarga, o fato é que adotar políticas efetivas de qualidade de vida pode deixar o funcionário mais satisfeito com a própria remuneração.
Esse é um dos resultados da recente pesquisa do Hay Group, consultoria em gestão de pessoas. Foram consultados 5 milhões de empregados de 400 empresas em todo o mundo. Os resultados apontam que 58% dos funcionários de empresas que oferecem equilíbrio entre vida profissional e pessoal consideram o próprio salário justo.
Quando esse balanço não é uma premissa da empresa, apenas 36% está satisfeito com o próprio salário.
“Quando falamos de certo valor de remuneração, falamos do que o funcionário considera justo ou não”, diz Elton Moraes, consultor do Hay Group e co-autor do livro “O Inimigo do Engajamento Profissional”. “Quando as pessoas tem clareza e organização dos objetivos, desenvolvem bem o trabalho de forma equilibrada e, com isso, têm uma percepção mais clara do quão justo é o valor do seu retorno financeiro.”
Sobrecarga
Apenas um em cada quatro funcionários entende que a empresa onde trabalha se preocupa de fato com o balanço entre vida pessoal e profissional.
E segundo Moraes, de nada adianta a academia dentro da empresa e as mais variadas políticas de bem-estar se não houver um empenho dos gestores na causa.
“Quando há muitas ferramentas disponíveis e falta uma política clara de redução da sobrecarga, a academia e os programas de qualidade de vida acabam gerando ansiedade, posteriormente, frustração”, diz. Segundo a pesquisa, 52% dos funcionários acham que faltam pessoas para executar as tarefas de sua equipe.