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Safra menor e aquecimento interno devem reduzir exportações de algodão

Rio de Janeiro - As exportações brasileiras de algodão deverão ser menores este ano, em função da redução da safra e do aquecimento do mercado interno, que eleva o preço do produto. A previsão foi feita pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha.  No ano passado, foram exportadas 500 mil […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - As exportações brasileiras de algodão deverão ser menores este ano, em função da redução da safra e do aquecimento do mercado interno, que eleva o preço do produto. A previsão foi feita pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha. 

No ano passado, foram exportadas 500 mil toneladas, gerando receita de US$ 680 milhões. "Este ano, nós estamos com 110 mil toneladas exportadas até abril, o que já mostra redução em relação aos anos anteriores", disse. Em comparação com os quatro primeiros meses do ano passado, as exportações de algodão diminuíram 30%.

Cunha explicou que a safra de algodão de 2009 alcançou 1,160 milhão de toneladas, inferior à de 2008, que foi de 1,6 milhão de toneladas. A produção brasileira para este ano é estimada em 1,250 milhão de toneladas. Ele acredita que, em 2011, a produção poderá se igualar à de 2008. "É tudo questão de produtividade", explicou, esclarecendo que o produtor de algodão planta também outras culturas, como soja. “Ele vai optar por plantar mais ou menos algodão se o preço do produto for competitivo frente o preço da soja, por exemplo”.

A preferência por outras culturas, aliás, foi registrada no último ano, de acordo com o presidente da Abrapa. Para 2010, no entanto, a expectativa é que haja um aumento de 20% a 30% da área plantada de algodão. A Indonésia, Coréia do Sul e o Paquistão são os principais importadores do algodão nacional. Em geral, 30% da produção são exportados.

O setor enfrenta dificuldades para competir no mercado internacional com os países asiáticos, por causa do custo Brasil, que engloba carga tributária elevada, encargos sociais, custo de energia, entre outras questões. "A indústria sofre uma competição muito grande dos países asiáticos. Ou seja, a gente produz, o algodão vai para fora e volta o produto acabado para cá".

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