Negócios

Safra compra participação no banco suíço Sarasin por US$1,13 bi

Grupo financeiro Rabobank concordou em vender sua participação minoritária no banco suíço

Safra pagou 1,13 bilhão de dólares por participação no banco suíço (Wikimedia Commons)

Safra pagou 1,13 bilhão de dólares por participação no banco suíço (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2011 às 16h14.

Amsterdã - O grupo financeiro holandês Rabobank concordou em vender sua participação majoritária no banco suíço privado Sarasin para o brasileiro Safra por 1,04 bilhão de francos suíços (1,13 bilhão de dólares), anulando a chance de uma aliança pretendida pelo Julius Baer.

"No Safra, nós teremos um novo e bem capitalizado acionista majoritário que irá reforçar nossa forte posição como um banco privado independente suíço sob a marca Sarasin e que irá suportar nosso modelo de negócios", disse em comunicado o presidente-executivo do Sarasin, Joachim Straehle.

O executivo se referia a guerra de ofertas pelo banco que ocorreu entre o rival suíço de maior porte Julius Baer, o Safra e -conforme noticiado pela imprensa- ao menos uma outra instituição.

Nos últimos meses, o Sarasin não tinha pudor em manifestar que não gostaria de ter o Julius Baer como maior sócio.

Qualquer incerteza é altamente danosa aos bancos privados, já que os clientes valorizam estabilidade, consistência e discrição. Por isso, é incomum que uma guerra de ofertas se arraste por muito tempo por um banco, podendo afastar interessados, bem como seus clientes e ativos.

O Rabobank, que tem rating AAA, nunca teve desespero para vender a participação no Sarasin, e na sexta-feira não deixou claras suas razões para o desinvestimento --ainda que exista expectativa de que a operação dê suporte à nota atribuída ao banco por agências de classificação de risco.

Sob gestão da família dona do Safra, o Sarasin espera continuar a ter considerável autonomia sobre sua estratégia e expansão.

O Sarasin ficará independente do Safra como outras unidades do banco -Safra National Bank of New York, Safra Suisse e Banque J. Safra Monaco.

Em uma primeira análise, os negócios do Sarasin e do Safra são complementares: enquanto o Sarasin tem apostado em uma expansão no Oriente Médio e na Ásia, terreno fértil para private banks atrás de novos milionários, os mercados do Safra são tradicionalmente as Américas.

Ambos os bancos estão presentes na Europa, mas a sobreposição geográfica é limitada. O Safra tem bancos em Luxemburgo e Mônaco, e o Sarasin está concentrado em mercados como a Alemanha.

O Safra disse que vai manter o Sarasin listado em bolsa após a conclusão do negócio. Pelas leis do mercado de capitais da Suíça, o Safra terá que lançar uma oferta pública pelas ações dos minoritários do banco, mesmo que o Safra tenha indicado que não pretende ampliar mais sua participação no Sarasin.

Acompanhe tudo sobre:Banco SafraBancosEmpresasFinançasFusões e Aquisições

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões