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Sabesp diz ter colchão financeiro para enfrentar crise

Segundo Mario Sampaio, companhia está pronta para lidar com qualquer cenário de estresse operacional provocado pela falta de chuvas

Terra ressecada é vista no reservatório de Jaguari, administrado pela Sabesp, próximo de Santa Isabel, interior de São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)

Terra ressecada é vista no reservatório de Jaguari, administrado pela Sabesp, próximo de Santa Isabel, interior de São Paulo (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 16h34.

São Paulo - A Sabesp está pronta para lidar com qualquer cenário de estresse operacional provocado pela falta de chuvas em São Paulo, disse nesta quarta-feira o superintendente de Captação de Recursos e Relações com Investidores da empresa, Mario Sampaio.

"Estamos prontos para qualquer cenário", disse o executivo a jornalistas após participar de evento, em São Paulo.

A companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo enfrenta uma das piores secas da história da região e, para incentivar a economia de água, concedeu desconto de 30 por cento na tarifa para quem economizar ao menos 20 por cento no consumo.

Até agora, cerca de 40 por cento dos consumidores têm tido um consumo pelo menos 20 por cento menor. Cerca de 80 por cento consomem menos do que a média dos últimos 12 meses, afirmou ele.

Devido ao provável impacto que a medida terá nas suas receitas, a Sabesp promoveu um corte de 900 milhões de reais no orçamento deste ano, incluindo investimentos e receitas.

Segundo Sampaio, com o aproveitamento do chamado "volume morto", reserva subterrânea, o Sistema Cantareira, que atualmente opera com menos de 10 por cento da capacidade, deve ter um aumento de cerca de 20 pontos no reservatório.

Segundo ele, isso será suficiente para abastecer a demanda até outubro, quando começa a próxima época de chuvas. Mas se não houver nenhuma chuva até lá, a companhia pode enfrentar um novo cenário, disse.

Apesar do adiamento de alguns projetos devido à reprogramação do orçamento, o plano mais global de investimentos, que deve consumir uma média de 2,5 bilhões de reais por ano até 2018, está mantido.

Uma das readequações orçamentárias adotadas é a antecipação da captação de água do rio Paraíba do Sul, de 2020 para 2016, e que vai consumir cerca de 500 milhões de reais. A obra deve ajudar a abastecer o Sistema Cantareira.

Sampaio afirmou que a Sabesp não planeja captar recursos por meio das chamadas debêntures de infraestrutura.

"Hoje esse é um mecanismo que oferece muito risco e é muito complexo", disse.

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