Negócios

Russa TNK-BP poderá assumir controle de áreas da HRT no futuro

Companhia russa adquiriu 45% de 21 blocos de exploração de petróleo e gás na bacia do Solimões, na Amazônia, por US$ 1 bilhão

O acordo é o maior investimento estrangeiro já feito pela terceira maior empresa de petróleo da Rússia (Divulgação)

O acordo é o maior investimento estrangeiro já feito pela terceira maior empresa de petróleo da Rússia (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2011 às 13h33.

Rio de Janeiro - O acordo de 1 bilhão de dólares que a petroleira brasileira HRT Participações e a anglo-russa TNK-BP divulgaram nesta segunda-feira prevê que a companhia estrangeira poderá assumir o controle do negócio no futuro.

Em sua estreia no Brasil, a TNK-BP adquiriu 45 por cento de 21 blocos de exploração de petróleo e gás na bacia do Solimões, na Amazônia, transferidos pela HRT.

Após 30 meses da aprovação do negócio pelo órgão regulador brasileiro, a TNK-BP poderá ter direito à operação dos blocos, se optar por adquirir mais 10 por cento do projeto, informou a companhia brasileira.

A HRT pretende manter o controle do projeto até a conclusão da fase exploratória dos blocos. A empresa russa assumiria a operação durante as etapas seguintes, de desenvolvimento e produção dos campos.

Mas a empresa brasileira admite que poderá deixar de ser operadora antes de concluir a etapa de exploração de todos os blocos, se não conseguir concluir toda a exploração da área de 48,5 mil quilômetros quadrados no prazo de 30 meses após a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Apetite dos russos

O acordo é o maior investimento estrangeiro já feito pela terceira maior empresa de petróleo da Rússia, uma joint venture entre a britânica BP e um quarteto de bilionáios russos.

De acordo com comunicado da empresa brasileira, o pagamento de 1 bilhão de dólares pelos 45 por cento do projeto na Amazônia será feito ao longo de dois anos.

Segundo a HRT, o acordo inclui a possibilidade de pagamentos adicionais por parte da TNK-BP que podem atingir 5 bilhões de dólares em um período de 10 anos.

Esses pagamentos serão feitos a uma relação de 0,73 dólar por barril no volume que exceder 500 milhões de barris na área de exploração no Solimões.

"O projeto nos dará acesso a significativas novas reservas num dos mercados que mais crescem no mundo", disse o presidente da TNK-BP, Mikhail Fridman, em comunicado.


"A empresa acredita em uma longa e bem-sucedida parceria com a HRT, assim como por novas oportunidades para expandir nossa presença na região", acrescentou.

Os blocos que baseiam a negociação contêm pelo menos 11 acumulações de hidrocarbonetos, que foram avaliadas pela certificadora DeGolyer and MacNaughton em 783 milhões de barris de óleo equivalente em recursos prospectivos e contingentes.

Investidores aguardavam há semanas uma definição sobre o negócio. Comentários sobre um possível cancelamento do acordo chegaram a provocar fortes quedas nas ações da HRT na Bovespa anteriormente, mas a companhia disse na ocasião que as negociações continuavam de pé e que a assinatura do contrato ocorreria em breve.

As ações HRT operavam em alta nesta segunda-feira, em dia de perdas na Bovespa. Por volta das 12h30, a ação da empresa ganhava 1,8 por cento, enquanto o índice principal da bolsa perdia 1,8 por cento.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisAmérica LatinaÁsiaDados de BrasilEmpresasEnergiaEuropaFusões e AquisiçõesGás e combustíveisHRTIndústriaIndústria do petróleoIndústrias em geralNegociaçõesPetróleoRússia

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares