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Rupert Murdoch nega ser o responsável pelas escutas ilegais

James, filho do magnata, porém, pediu desculpas às vítimas do escândalo

Murdoch: magnata afirma que não há provas sobre grampos em vítimas do 11 de setembro (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Murdoch: magnata afirma que não há provas sobre grampos em vítimas do 11 de setembro (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 14h12.

Londres - O magnata australiano-americano Rupert Murdoch desmentiu nesta terça-feira ser o grande responsável pelas escutas realizadas pelo jornal News of the World pertencente a seu grupo, ao prestar declarações ante a comissão parlamentar britânica.

"Aceita ser o grande responsável por todo este fiasco?", perguntou um dos membros da comissão, ao que Murdoch respondeu laconicamente: "não".

O magnata e seu filho James compareceram nesta terça-feira diante da comissão parlamentar britânica que os convocou no caso do escândalo dos grampos.

Seu filho, James Murdoch, pediu desculpas em seu nome e no de seu pai às vítimas das escutas ilegais.

Rupert Murdoch também declarou à comissão que não há provas de que as vítimas do 11 de setembro tenham sido alvo de grampos telefônicos.

"Não vimos provas de forma alguma a respeito disso e, até onde sabemos, o FBI também não viu", afirmou.

Esta audiência, aberta ao público e transmitida ao vivo pela televisão, é uma das mais importantes já realizadas por uma comissão parlamentar no Reino Unido. É raro que Rupert Murdoch, que está à frente há 80 anos de um dos mais importantes impérios de imprensa do mundo, se manifeste publicamente.

A sala onde é realizada a audiência, que conta com 50 lugares, estava lotada. No local reservado ao público estava a esposa de Rupert Murdoch, Wendi.

Dez deputados de todas as orientações, membros da "Comissão de Cultura, Mídia e Esporte", vão colocar os Murdoch contra a parede.

Eles convocaram o magnata e seu filho, número três do grupo familiar News Corp., para pedir explicações sobre os grampos praticados em grande escala nos anos 2000 neste país por um de seus tabloides, o News of the World, hoje fechado.

Cerca de 4.000 personalidades podem ter sido vítimas dessas práticas, segundo a polícia.

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