A companhia, braço de logística do grupo Cosan, anunciou lucro líquido de julho a setembro de 171 milhões de reais (Fabiano Accorsi/Divulgação)
Reuters
Publicado em 12 de novembro de 2020 às 06h42.
A Rumo teve desempenho operacional recorde no terceiro trimestre, mas viu o lucro cair forte em meio ao declínio de tarifas de transporte ferroviário e despesas com a renovação antecipada da Malha Paulista.
A companhia, braço de logística do grupo Cosan, anunciou nesta quarta-feira lucro líquido de julho a setembro de 171 milhões de reais, queda de 53,7% ante mesma etapa de 2019.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) atingiu 1,11 bilhão de reais no período, caindo 7,7% no comparativo anual. Além disso, a margem Ebitda declinou 4,3 pontos percentuais, para 54,3%.
A Rumo afirmou que fez em setembro pré-pagamento de parcial das outorgas das malhas ferroviárias Central e Paulista no montante de 5,1 bilhões de reais.
O volume transportado pela Rumo no trimestre, de 17,5 bilhões de toneladas equivalentes, foi 1% maior do que um ano antes, com destaque para transporte de açúcar (+88%), fertilizantes (+20%) e celulose (+18%). Por outro lado, o transporte de produtos industriais caiu 1,6% em função do impacto da pandemia da Covid-19, que provocou queda no transporte de combustíveis.
E tarifa de transporte ferroviário em declínio e maiores custos variáveis aumentaram a pressão. Assim, a receita líquida, foi 0,3% menor, a 2,05 bilhões de reais.
A companhia registrou um salto de 45,9% no resultado financeiro negativo, para 438 milhões de reais, empurrado por maiores encargos com dívida, o que também pesou na última linha do resultado.
A dívida líquida terminou setembro em 6,6 bilhões de reais e a alavancagem atingiu 1,7 vez dívida líquida sobre Ebitda ajustado.