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Rolls-Royce cortará 2,6 mil empregos

Companhia planeja cortar empregos para retomar a confiança após dois alertas sobre o lucro em oito meses


	Motor da Rolls-Royce: programa de demissão deve ocorrer principalmente na divisão aeroespacial
 (Claro Cortes IV/Reuters)

Motor da Rolls-Royce: programa de demissão deve ocorrer principalmente na divisão aeroespacial (Claro Cortes IV/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 16h01.

A britânica Rolls-Royce substituiu o seu diretor financeiro e planeja cortar 2,6 mil empregos para economizar recursos, com o objetivo de retomar a confiança após dois alertas sobre o lucro em oito meses.

A segunda maior fabricante de motores de aeronaves disse que o programa de demissão, que deve ocorrer principalmente na divisão aeroespacial e levará 18 meses para ser concluído, foi elaborado para economizar cerca de 80 milhões de libras (128 milhões de dólares) por ano após a sua conclusão.

A Rolls-Royce, fundada em 1884 e que tem cerca de 55 mil funcionários no mundo todo, tradicionalmente tem margens menores que a líder de mercado General Electric, o que significa que pode ser solapada por sua rival.

"Estamos tomando determinadas ações de gerenciamento e acelerando nosso progresso em custos", disse o presidente-executivo John Rishton.

"As medidas anunciadas hoje não serão as últimas, mas contribuirão para que a Rolls-Royce se torne uma companhia mais forte e mais lucrativa."

A maior parte dos empregos da área aeroespacial está na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, e a necessidade de reduzir os custos ocorre enquanto o foco dos motores Trent se move da fase de desenvolvimento para a produção, que requer menos engenheiros.

O anúncio ocorre quase três semanas depois de a Rolls-Royce ter emitido um alerta sobre o lucro, dizendo que a deterioração das condições macroeconômicas significa que o lucro não deve subir no ano que vem como previsto, o que fez as ações da empresa caírem 16 por cento na ocasião.

O alerta sobre o lucro foi o segundo em oito meses e abriu o caminho para mais um ano de estagnação, após mais de uma década de forte crescimento.

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