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Rossi planeja investir forte na baixa renda em 2010

São Paulo - Impulsionada pelo bom resultado obtido em 2009, a Rossi Residencial vai intensificar a atuação na baixa renda e destinar grande parte de seu caixa à aquisição de terrenos voltados a esse segmento neste ano. "Este será um ano de investimentos e a aquisição de terrenos será necessária para cumprirmos nosso plano de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

São Paulo - Impulsionada pelo bom resultado obtido em 2009, a Rossi Residencial vai intensificar a atuação na baixa renda e destinar grande parte de seu caixa à aquisição de terrenos voltados a esse segmento neste ano.

"Este será um ano de investimentos e a aquisição de terrenos será necessária para cumprirmos nosso plano de lançamentos", disse o diretor financeiro da incorporadora, Cássio Audi, em teleconferência com analistas e investidores nesta terça-feira, sobre os resultados de 2009 divulgados na véspera.

A Rossi tem como meta lançar 25 mil unidades voltadas ao segmento econômico neste ano. Deste total, cerca de 80 por cento serão elegíveis ao programa "Minha Casa, Minha Vida", segundo o diretor para o segmento econômico da companhia, Rodrigo Martins.

Em 2009, os lançamentos voltados à baixa renda responderam por 47 por cento do total lançado pela Rossi, somando 13.086 unidades.

A incorporadora fechou o ano passado com um banco de terrenos com Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de 22,9 bilhões de reais, sendo que 45 por cento deste volume se enquadra em lançamentos econômicos.

"Vamos privilegiar a compra de terrenos com ciclos menores", afirmou Audi, acrescentando que o forte investimento em lançamentos previsto para este ano pode resultar em uma geração de caixa negativa em 2010.

"O consumo de caixa será de 400 a 500 milhões de reais. Mas projetamos uma geração de caixa positiva já em 2011."

Buscando a redução de custos e do ciclo de construção, a Rossi também prevê a manutenção do investimento em produtos padronizados.

Por meio de um sistema de edifícios pré-fabricados --produzidos na fábrica em Canoas (RS)-- a Rossi deve entregar 10.064 unidades voltadas ao segmento econômico este ano, das 34.762 em construção por este método.

 

SALTO NO LUCRO

 

Na madrugada desta terça-feira, a construtora e incorporadora divulgou um lucro líquido de 77 milhões de reais entre outubro e dezembro, um salto de 369 por cento ante os 16 milhões de reais obtidos um ano antes.

 

O resultado, contudo, ficou abaixo da média das estimativas de quatro analistas consultados pela Reuters, que apontava para um lucro de 84,5 milhões de reais no período.

 

Em todo o ano passado, o lucro líquido da companhia somou 218,1 milhões de reais, aumento de 83,9 por cento sobre 2008.

 

A Rossi teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 98 milhões de reais no quarto trimestre, acima dos 27 milhões de reais dos últimos três meses de 2008. A margem ajustada enquanto isso passou de 8,6 para 20,6 por cento.

 

Já a receita líquida cresceu 49,1 por cento nos três meses encerrados em dezembro, atingindo 476 milhões de reais. Em 2009, a receita líquida aumentou 27,5 por cento, para 1,6 bilhão de reais.

 

O lançamento recorde de 1,02 bilhão de reais no quarto trimestre do ano passado foi um dos fatores responsáveis pelo resultado do período. No fechado de 2009, os lançamentos somaram 2,8 bilhões de reais.

 

As vendas contratadas, por sua vez, atingiram 828 milhões de reais entre outubro e dezembro, alta de 23 por cento sobre o mesmo trimestre de 2008. No acumulado do ano, as vendas alcançaram 2,3 bilhões de reais.

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