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Rombo do PanAmericano causou a demissão de 40 funcionários

Para diretor-superintendente do banco, mentores do rombo de R$ 4,3 bilhões não passariam de quatro pessoas

Rafael Palladino: ex-diretor não foi o único responsável pelo rombo do PanAmericano (GERMANO LUDERS/EXAME)

Rafael Palladino: ex-diretor não foi o único responsável pelo rombo do PanAmericano (GERMANO LUDERS/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 12h27.

São Paulo – O rombo de 4,3 bilhões de reais do PanAmericano não custou apenas o emprego de Rafael Palladino, presidente do banco quando o problema foi descoberto. Desde que a Caixa Econômica Federal assumiu o comando do banco para pôr a casa em ordem, cerca de 40 funcionários foram demitidos. “Mesmo que eles não estivessem envolvidos no caso, deveriam ter a obrigação de saber o que estava acontecendo com o banco naquele momento”, afirmou Celso Costa, diretor-superintendente do PanAmericano.

Apesar das dezenas de cortes, Costa avalia que os verdadeiros culpados pelo problema devem somar “entre duas e quatro pessoas”. O executivo evitou, porém, apontar responsáveis. “As investigações estão nas mãos da Polícia Federal e do Banco Central. A nova diretoria não tem como acusar ninguém e nem afirmar que houve mesmo desvio de dinheiro”, disse.

Costa também preferiu não se estender sobre o que causou o rombo, limitando-se a dizer que os cargos não eram bem definidos dentro do PanAmericano e que havia também acúmulo de funções nas mãos de algumas pessoas.

Divisão de poder

Com a entrada do BTG Pactual, a nova diretoria, composta por oito executivos, cinco deles da Caixa Econômica Federal, ainda não sabe dizer como será a divisão de funções daqui para frente. Questionado sobre a possibilidade de perder o posto, Antunes limitou-se a dizer que ainda é cedo para pensar nessa possibilidade. Isto porque o presidente da instituição será José Luiz Acar Pedro, indicado pelo BTG.
 
O caso PanAmericano veio à tona, em novembro do ano passado,  quando o banco recebeu um aporte de 2,5 bilhões de reais do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Na época, a instituição identificou inconsistências contábeis que não refletiam sua verdadeira situação patrimonial. No início do ano, veio à tona a notícia de que o rombo seria maior que o anunciado inicialmente. A crise levou à venda do controle do banco ao BTG Pactual. O PanAmericano pertencia ao Grupo Silvio Santos.

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