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Rombo da Olympus é quase duas vezes maior que o previsto (por enquanto)

Fraude contábil da companhia japonesa já soma US$ 1,7 bilhão, segundo comitê independente que investiga o caso; ligação com crime organizado japonês é descartada

Fraude contábil da Olympus chega a US$ 1,7 bilhão (Calgary Reviews/Flickr)

Fraude contábil da Olympus chega a US$ 1,7 bilhão (Calgary Reviews/Flickr)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 16h32.

São Paulo - A fraude contábil que a Olympus está envolvida pode ultrapassar a cifra de 1,7 bilhão de dólares, segundo conclusão preliminar do comitê independente que investiga o caso.

A primeira parte do inquérito foi concluída nesta terça-feira e descartou, no entanto, a possibilidade de a empresa ter envolvimento com o crime organizado no Japão.

O relatório, com cerca de 200 páginas, acusa o ex-auditor interno da companhia, Hideo Yamada, e o ex-vice-presidente, Hisashi Mori, como os principais responsáveis pelas perdas acumuladas na década de 90.

Segundo o processo, a parte principal da gestão da companhia estava podre e que contaminou outras partes.

Inicialmente, a fraude contábil chegou a ser cogitada em 1 bilhão de dólares, embora outros comitês criados pela companhia afirmem que ela pode ainda chegar a 5 bilhões de dólares.

A Olympus corre agora  para conseguir apresentar seus resultados financeiros referentes ao período de julho a setembro. A companhia tem até o dia 14 deste mês para divulgar seu balanço na Bolsa de Tóquio, caso contrário pode de ter suas ações deslitadas.

Mesmo se cumprir o prazo, os papeis da Olympus podem ser retirados da bolsa, dependendo da escala de falsificação nos seus documentos financeiros.

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