Negócios

Rival do Uber no Oriente Médio aposta na Cisjordânia pra crescer

A Careem se tornou a primeira empresa de serviço de transporte compartilhado a operar na Cisjordânia ocupada por israelenses e quer investir nesse mercado

Cisjordânia: a Careem foi lançada em Ramallah em junho visando levar simplicidade digital ao território palestino (Ilia Yefimovich/Getty Images)

Cisjordânia: a Careem foi lançada em Ramallah em junho visando levar simplicidade digital ao território palestino (Ilia Yefimovich/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 18 de julho de 2017 às 11h38.

Cisjordânia - A Careem, rival do Uber do Oriente Médio, se tornou a primeira empresa de serviço de transporte compartilhado a operar na Cisjordânia ocupada por israelenses.

Com sede em Dubai, a Careem, cujo nome é uma brincadeira com a palavra em árabe para generoso ou nobre, foi lançada em Ramallah em junho visando levar simplicidade digital ao território palestino.

Há certamente um mercado para serviços de transporte mais fáceis em meio aos quase 3 milhões de palestinos vivendo na Cisjordânia, mas há complicadores como o fato de a rede de telefonia ainda ser 2G, de que os pagamentos eletrônicos não são a norma e de que os postos de controle israelenses são comuns pelo caminho.

Ainda assim, a Careem está otimista sobre o potencial.

"Estamos planejando investir centenas de milhares de dólares dentro do próximo ano no setor (palestino)", disse Kareem Zinaty, gerente de operações para a região do Levante. "Após o investimento, também é uma oportunidade de criar empregos."

A Careem, que foi lançada em 2012 e agora opera em 12 países e mais de 80 cidades no Oriente Médio, África e sul asiático, afirmou que pretende fornecer trabalho para um milhão de pessoas em toda a região até 2018.

Enquanto uma versão do Uber e o aplicativo israelense Gett já operam em Israel, ambos não se arriscam em território palestino. Motoristas estão empolgados em trabalhar com a Careem, a qual esperam impulsionar suas rendas, especialmente com o desemprego na Cisjordânia chegando perto dos 20 por cento.

"É uma oportunidade muito maravilhosa", disse um dos mais de 100 novos motoristas, conhecidos como "capitães" pela Careem. "A maioria das pessoas que usam são jovens e estão felizes com o preço."

Acompanhe tudo sobre:CisjordâniaOriente MédioPalestinaUber

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões