Extração em uma das minas da Rio Tinto, na Austrália: para empresa, país aplica um dos impostos mais altos do mundo (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Perth, Austrália - O controverso imposto australiano sobre o setor de mineração ainda está entre os mais altos do mundo e precisa de um estudo mais profundo antes da Rio Tinto se comprometer com uma próxima expansão em minério de ferro, afirmou a empresa nesta terça-feira.
"Estamos em processo de reabrir o estudo em relação à expansão de Pilbara", disse Sam Walsh, chefe da divisão de minério de ferro do grupo, a repórteres. "Há ainda muito trabalho que precisa ser feito com os trabalhos de engenharia e de cálculo de valor e obviamente o impacto do imposto de uso de recursos minerais (MRRT)".
A Rio tem uma meta de produção de 330 milhões de toneladas em 2015, contra uma projeção de 230 milhões este ano. O imposto foi revisto após consultas com a Rio Tinto, BHP Billiton e Xstrata.
As mineradoras ameaçaram cancelar bilhões de dólares em investimentos se o imposto não fosse modificado para reduzir a cobrança a menos de 40 por cento e excluir projetos existentes.
Sob a proposta original, a Rio disse que foi forçada a repensar seus planos de crescimento em minério de ferro na Austrália, levantando receios de que levaria os investimentos a países com impostos menos pesados.
Walsh disse que a nova versão do imposto continua como sendo um dos maiores do mundo, mas indicou que se tornou mais palatável ao setor minerador desde sua revisão.
"Precisávamos resolver a questão para seguir adiante", disse Walsh. "A caixa de Pandora já foi aberta e as mineradoras terão que pagar mais impostos."
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