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Rio multa siderúrgica em R$ 10,5 milhões por poluição

A chuva de prata é formada por partículas liberadas na produção de ferro


	Instalações da CSA: a CSA foi multada em R$ 4,6 milhões por poluir o entorno da siderúrgica com pó de prata por três vezes
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Instalações da CSA: a CSA foi multada em R$ 4,6 milhões por poluir o entorno da siderúrgica com pó de prata por três vezes (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 15h23.

Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual do Ambiente anunciou hoje (1º) a aplicação de multa de R$ 10,5 milhões a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), por mais uma ocorrência de chuva de prata, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, na segunda-feira (29). A chuva de prata é formada por partículas liberadas na produção de ferro.

É a terceira vez que a empresa é autuada pelo mesmo crime ambiental. “A minha paciência com a CSA acabou”, disse o secretário Carlos Minc ao anunciar dados da fiscalização e o valor da autuação. “Não é a primeira vez que eles fazem esta lambança. Acenderam o segundo cartão amarelo. O próximo é suspensão”, completou o secretário, sinalizando que “pode embargar a companhia”.

Análises feitas pela secretaria comprovaram que, por falta de umidificação, ventos associados ao tempo seco espalharam pelos ares resíduos de escória - subprotudo da produção de ferro usado em pavimentação. Isso provocou a chamada nuvem de prata, que atingiu as localidades de Alvorada e São Fernando, onde vivem cerca de quatro mil pessoas.

Os resíduos provocam o agravamento de problemas respiratórios, dermatológicos e alérgicos, explicou a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos. “É um pó fino que se deposita, entra na casa das pessoas, traz sujeira e as pessoas relatam problemas de pele e de respiração. É grave”, disse.

A CSA foi multada em R$ 4,6 milhões por poluir o entorno da siderúrgica com pó de prata por três vezes, por várias causas. A primeira multa foi aplicada em agosto de 2010 e a segunda, em janeiro de 2011. A companhia também foi obrigada a pagar um compensação de R$ 14 milhões. De acordo com o secretário Carlos Minc, o dinheiro de compensações é investido na construção de postos de saúde, controle de inundação e compensação de pescadores do entorno.

Procurados para comentar a decisão da Secretaria Estadual do Ambiente, representantes da companhia não responderam às ligações da reportagem.

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