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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - O Consórcio Rio Maguari apresentou a melhor oferta para a construção de 20 comboios de empurradores e barcaças para a Transpetro. O anúncio foi feito hoje (11) pelo presidente da subsidiária da Petrobras, Sérgio Machado, durante a abertura da Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore (Navalshore), que ocorre no Rio de Janeiro até a próxima sexta-feira.
De acordo com Machado, a frota será entregue em 2012 e fará o transporte fluvial de etanol produzido nas regiões Centro-Oeste e Sudeste pela Hidrovia Tietê-Paraná.
Mesmo com o menor preço entre as cinco outras propostas para o programa conhecido como Promef Hidrovia, o Consórcio ainda vai ter que aguardar o resultado da licitação, que só será definido depois da análise técnica das propostas e da negociação de preços para a comissão de licitação da estatal.
Além do anúncio, o presidente da Transpetro destacou, durante o evento que reúne mais de 300 participantes de pelo menos 14 países, o crescimento da indústria naval brasileira. Segundo Machado, fatores como a descoberta do pré-sal e o aquecimento da exploração de petróleo e gás estão permitindo recriar a indústria naval brasileira.
"Já somos a quarta carteira de petroleiros do mundo. Uma indústria que ficou parada 23 anos e agora conta com vantagens por ter demanda e financiamento."
O otimismo do setor da construção naval se refletiu no clima do primeiro dia de evento no Rio de Janeiro, que teve exposição, palestras e rodada de negócios. Os organizadores registraram, por exemplo, a presença de 20 representantes de estaleiros argentinos que participam do Navalshore para conhecer o mercado brasileiro.
Para o diretor do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval e Offshore, Fábio Ribeiro de Azevedo Vasconcelos, o momento é de investir no crescimento do setor, com capacitação tecnológica e de mão de obra.
"O desafio agora é aproveitar este momento gerado pela enorme demanda levantada principalmente pela Petrobras, e em função do pré-sal, para que os investimentos necessários sejam feitos para que tenhamos competitividade com estaleiros como os coreanos, japoneses e chineses. Sabemos que isso não vai ser fácil", afirmou Vasconcelos.
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