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Minas-Rio, da Anglo, conta com 93% das licenças ambientais

O projeto de minério de ferro de US$ 8,8 bilhões tem 60 % de avanço nas obras e caminha para cumprir o cronograma, que prevê a entrada em operação no final de 2014


	Anglo American: "Os 7 % que faltam são licenças secundárias, de supressão de vegetação e questões do Iphan (Instituto do Patrinômio Histórico e Artístico Nacional)", disse a jornalistas o diretor de Recursos Humanos da empresa, Pedro Borrego.
 (Ariel Marinkovic/AFP)

Anglo American: "Os 7 % que faltam são licenças secundárias, de supressão de vegetação e questões do Iphan (Instituto do Patrinômio Histórico e Artístico Nacional)", disse a jornalistas o diretor de Recursos Humanos da empresa, Pedro Borrego. (Ariel Marinkovic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 16h41.

Belo Horizonte- O Minas-Rio, maior projeto da mineradora Anglo American no mundo, já possui 93 % das licenças ambientais de que precisa para ser instalado, afirmaram nesta segunda-feira executivos da empresa.

O projeto de minério de ferro de 8,8 bilhões de dólares tem 60 % de avanço nas obras e caminha para cumprir o cronograma, que prevê a entrada em operação no final de 2014, afirmou o presidente da Unidade de Negócios Minério de Ferro Brasil da Anglo, Paulo Castellari.

"Os 7 % que faltam são licenças secundárias, de supressão de vegetação e questões do Iphan (Instituto do Patrinômio Histórico e Artístico Nacional)", disse a jornalistas o diretor de Recursos Humanos, Assuntos Corporativos, Segurança e Desenvolvimento Sustentável da unidade da companhia, Pedro Borrego.

A mineradora anglo-sul-africana conseguiu se livrar de liminares judiciais que interromperam as obras. O projeto começaria em 2013 e foi atrasado em um ano. A empresa passou a cumprir alguns pré-requisitos determinados pela Justiça para seguir com o projeto.

O atraso e o aumento de custos foram os principais motivos para uma baixa contábil de 4 bilhões de dólares no balanço da mineradora em 2012.

Segundo Castellari, a inflação impactou o projeto, com a disparada de preços, por exemplo, de terras, cimento e mão-de-obra.

O projeto de 8,8 bilhões de dólares localizado em Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, esbarrou em problemas de licenciamento, com ocorrência de sítios arqueológicos na região da mina, entre outros entraves.

O Minas-Rio, adquirido do empresário Eike Batista pela Anglo em 2008, inclui mina, planta de beneficiamento, mineroduto de 525 quilômetros e participação no Porto do Açu, no Rio de Janeiro. Juntamente com outra mina de ferro no Amapá, a aquisição superou a cifra de 5 bilhões de dólares.

O ativo de classe mundial possui recursos de 5,8 bilhões de toneladas, com vida útil que dependerá do ritmo de produção.

A etapa inicial prevê produção de 26 milhões de toneladas ao ano.

O projeto tem potencial para expandir sua produção para 90 milhões de toneladas, segundo a empresa. A expansão ainda não tem data para começar, segundo os executivos da mineradora.

Eles também falaram com jornalistas sobre as negociações com a LLX para uma prioridade operacional para embarques de minério de ferro em terminal no porto de Açu.

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