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Apresentado por REVO

Com aporte de US$ 250 mi, Revo vai voar com os primeiros eVTOLs da Eve

Companhia fecha contrato para operar 50 aeronaves elétricas e promete iniciar os voos comerciais em 2027

 (Revo/Divulgação)

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EXAME Solutions
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Publicado em 20 de agosto de 2025 às 11h35.

Última atualização em 20 de agosto de 2025 às 11h36.

A Revo será a primeira companhia a operar aeronaves elétricas, os “carros voadores” da Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, em São Paulo. O contrato de US$ 250 milhões inclui a compra de 50 eVTOLs, veículos aéreos de pouso e decolagem vertical. O anúncio foi feito durante a Paris Air Show 2025, maior feira da aviação no mundo.

O movimento coloca a companhia na vanguarda de um mercado em rápida expansão. Segundo relatório da Grand View Research, o setor global de eVTOLs, avaliado em cerca de US$ 2 bilhões em 2024, deve ultrapassar US$ 28 bilhões até 2030, impulsionado pela demanda por soluções de mobilidade aérea sustentável e eficiente.

A compra representa a próxima etapa do plano comercial da Revo, que quer consolidar seu modelo de mobilidade aérea urbana com baixo impacto ambiental. A primeira entrega está prevista para o quarto trimestre de 2027 e os voos comerciais só devem começar após a validação completa dos protocolos de segurança.

Um passo histórico na aviação

Desde sua criação, em 2023, a Revo colabora com a Eve no desenvolvimento dos eVTOLs e nas simulações de tráfego aéreo urbano.

“Temos uma parceria sólida com a Eve Air Mobility desde o início da Revo. Depois de realizarmos testes conjuntos e contribuirmos ativamente para o desenvolvimento das aeronaves que irão moldar o futuro do setor, estamos fazendo história mais uma vez”, afirma João Welsh, CEO da Revo.

O projeto tem como objetivo oferecer uma solução de mobilidade aérea elétrica segura e escalável, voltada para o público de alta renda e com foco na experiência. O serviço prevê transporte executivo terrestre, lounges exclusivos, despacho de bagagem e equipe de concierge em todas as etapas do percurso.

Por que São Paulo?

A capital paulista foi escolhida por ser a cidade com a maior frota de helicópteros do mundo, com mais de 410 aeronaves registradas e 260 helipontos. São Paulo concentra hoje mais de 2,2 mil pousos e decolagens por dia, cenário considerado ideal para receber esse tipo de operação.

Vale lembrar que a Revo já opera rotas fixas na cidade, como os trechos Faria Lima–Guarulhos, Faria Lima–Boa Vista e Faria Lima-Quinta da Baroneza, além de rotas sazonais para o litoral e a serra, e da parceria com o Terminal BTG.

Redução de ruído e emissões

Os eVTOLs  terão propulsão elétrica, sem emissões diretas, e menor nível de ruído, tanto para quem voa quanto para os centros urbanos. Para Welsh, isso amplia a proposta de valor do serviço: “O tempo ganho é significativo nas rotas e horários que fazem sentido. E o conforto, que hoje já é excepcional, contará com níveis de ruído muito mais baixos”.

A escolha pela Eve, segundo a empresa, se deve à robustez da fabricante. O plano de serviços e manutenção oferecido pela subsidiária da Embraer está alinhado com o padrão de segurança da Revo, que opera apenas com helicópteros bimotores e tripulação dupla.

“A Revo já está trabalhando no programa de introdução da nova tecnologia. Contamos com campanhas extensas de testes antes de qualquer voo comercial. Validando essa capacidade, esperamos um aumento dos níveis de segurança”, diz.

O grupo OHI atua há 25 anos no setor e transportou mais de 7 milhões de passageiros. No Brasil, o grupo também é dono da Omni Táxi Aéreo, que atende clientes offshore na indústria de energia. A operação da Revo é o braço premium da companhia e mira a construção de um ecossistema de mobilidade aérea sustentável no país.

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