São José dos Campos: a montadora não informou quantos trabalhadores estão na fábrica nesta manhã, nem se ainda há algum setor parado (Roosevelt Cassio/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 21h56.
São Paulo - A primeira reunião entre a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), para discutir a situação dos 1.840 trabalhadores da montadora ameaçados de demissão na unidade paulista, terminou com poucos avanços. Segundo o secretário-geral do sindicato Luiz Carlos Prates, a montadora reapresentou a proposta discutida nos últimos anos com os metalúrgicos, e rejeitada pela categoria, de criação de um banco de horas, com redução de salários e flexibilização da jornada de trabalho na linha de montagem dos veículos Corsa, Meriva e Zafira, modelos já fora de linha, e do Classic, que deixará de ser fabricado.
Montadora e sindicalistas também definiram alguns pontos do programa, aprovado em 4 de agosto, para a suspensão temporária do contrato trabalho (lay-off) por sessenta dias de 940 funcionários, que começa na próxima segunda-feira (27). "Discutimos alguns pontos, como a manutenção do pagamento do INSS para empregados lesionados e teremos 60 dias pela frente para tentarmos chegar a um acordo", disse Prates.
Outros 900 empregados seguirão na linha de montagem do Classic, ao menos até novembro. Segundo Prates, na próxima quarta-feira (29), haverá uma nova reunião para discutir a situação e, nesta sexta-feira (24), os trabalhadores farão uma assembleia na unidade de São José dos Campos para avaliar o lay-off.
Ainda nesta sexta-feira, GM e sindicalistas realizam, na sede da montadora, em São Caetano do Sul (SP), a primeira rodada de negociação da campanha salarial de 2012. Os metalúrgicos pedem um reajuste de 12,86%. Por meio da assessoria de comunicação, a empresa informou que não irá comentar as reuniões.