Chevrolet Classic na linha de montagem do sedã na fábrica da General Motors em São José dos Campos (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2014 às 18h06.
Ribeirão Preto - Terminou sem acordo a segunda reunião entre representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a General Motors (GM) nesta sexta-feira, 01, na tentativa de evitar a suspensão de contratos de trabalho (lay-off) no complexo industrial da companhia na cidade do Vale do Paraíba, com 5,2 mil funcionários.
Uma nova reunião irá ocorrer na próxima semana, provavelmente quarta-feira, 06, ou sexta-feira, 08.
O sindicato segue contrário ao lay-off e cobra da montadora a garantia de estabilidade no emprego, como prevê um acordo assinado entre a GM e os trabalhadores em 28 de janeiro de 2013.
O acordo garante, segundo os sindicalistas, o nível de emprego até dezembro de 2014 nas unidades da GM em São José dos Campos.
O último lay-off realizado pela montadora na cidade paulista, encerrado em março de 2013, terminou com 598 demissões.
Além de cobrar da GM a estabilidade de emprego, o sindicato pediu, em carta enviada à presidente Dilma Rousseff, uma medida provisória proibindo demissões em empresas beneficiadas por incentivos fiscais.
Dados apresentados pelos sindicalistas apontam que desde 2011 a renúncia fiscal com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo foi de R$ 13 bilhões.
"Estamos começando um processo de resistência. O setor automotivo não está em crise, não houve queda de produção na fábrica de São José dos Campos e não há motivos para lay-off nem demissões", disse o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros.