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Resultados devem reforçar otimismo no Facebook, em alta de 40% no ano

Após acertar multa por escândalos de privacidade, Facebook divulga resultados com previsões otimistas e tentando deixar má imagem para trás

Facebook: leitura em Wall Street é que punição pelos escândalos de privacidade saiu barata (Dado Ruvic/Reuters)

Facebook: leitura em Wall Street é que punição pelos escândalos de privacidade saiu barata (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2019 às 06h34.

Última atualização em 24 de julho de 2019 às 06h49.

Se em 2018 o Facebook precisou lidar com escândalos de privacidade, 2019 traz ventos melhores. E os resultados do segundo trimestre da empresa, a serem divulgados nesta quarta-feira, 24, devem coroar um primeiro semestre bom para o conglomerado de redes sociais do presidente e fundador Mark Zuckerberg.

Da lista de boas notícias no trimestre e no ano, o Facebook conseguiu um acordo para pagar “apenas” 5 bilhões de dólares à Free Trade Comission (comissão reguladora dos Estados Unidos) pelo caso de vazamentos de dados da Cambridge Analytica. A FTC deve oficializar o valor ainda nesta semana.

A multa será menor que punição de 22,5 bilhões de dólares dada ao Google em 2012 por uso de dados de usuários do navegador Safari, e foi um alívio a Wall Street.

O escândalo também não impactou diretamente o uso das redes da empresa, com o número de pessoas usando mensalmente os serviços (que incluem a rede social de fotos Instagram e o aplicativo de mensagens WhatsApp) devendo ter alta de 8% no trimestre.

Com mais de 2 bilhões de usuários mensais, o Facebook deve fechar 2019 com 20,2% da receita de anúncios global, ante 31,1% do líder Google, segundo a consultoria eMarketer.

E ainda que o Facebook por si só perca força como rede social — o que vem acontecendo entre os mais jovens –, ser dono do Instagram é uma carta na manga.

Com expectativa de gerar 14,4 bilhões de dólares em receitas de anúncios em 2019 (23% da receita de anúncios do grupo Facebook), o Instagram já atinge mais de 780 milhões de usuários no mundo, com crescimento de 11,5% em relação ao ano passado, o dobro da rede Facebook.

Por fim, a empresa também anunciou no trimestre sua criptomoeda, a Libra, criada em parceria com mais de 20 organizações. A iniciativa foi bem recebida pelo mercado e fez o preço do bitcoin subir mais de 50% na semana seguinte — embora reste ver se os governos mundo afora vão autorizar a nova moeda, prevista para começar a circular em 2020.

Apesar das perspectivas melhores, o Facebook deve ter no segundo trimestre o menor crescimento da história, com alta de pouco mais 20% no faturamento, que deve chegar a 16,4 bilhões de dólares (ante mais de 40% no mesmo período do ano passado).

Mas o mercado parece estar aceitando que um crescimento menor — mas consistente — será o novo normal: a ação do Facebook, que caiu em 2018 devido aos escândalos, valorizou mais de 40% neste ano e já supera patamares dos tempos pré-crise.

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