Negócios

Resultado do Carrefour mostrará disputa pelo carrinho de supermercado

Apesar da corrida ao supermercado e de o setor se beneficiar por vendas essenciais, as grandes redes sofrem com margens apertadas e concorrência crescente

CARREFOUR: vendas online triplicaram no primeiro trimestre, mas concorrência na internet também aumentou (Germano Lüders/Exame)

CARREFOUR: vendas online triplicaram no primeiro trimestre, mas concorrência na internet também aumentou (Germano Lüders/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 27 de julho de 2020 às 06h31.

Última atualização em 27 de julho de 2020 às 15h35.

Em meio à expectativa por novos números do setor de supermercados, o Carrefour divulga nesta segunda-feira, 27, os resultados do segundo trimestre, após o fechamento do mercado. Com as lojas físicas seguindo abertas, o segmento foi um dos setores menos afetados pelo coronavírus. Ainda assim, a pandemia trouxe uma série de revoluções digitais.

O Carrefour deve atingir vendas de 15,66 bilhões de reais, com lucro de 367 milhões de reais, segundo estimativa do BTG Pactual. O rival Grupo Pão de Açúcar deve chegar a receitas de 15,47 bilhões de reais e lucro de 110 milhões de reais, segundo a prévia. O Grupo Pão de Açúcar divulgará os seus resultados do período no dia 29.

No primeiro trimestre, as duas maiores redes supermercadistas apresentaram resultados aquém do esperado pelo mercado, trazendo desafios na margem que já vinham desde o fim do ano passado. As ações de Carrefour e GPA ainda não voltaram ao patamar pré-coronavírus e caíram 13,76% e 14,98% no acumulado do ano.

Os supermercados foram beneficiados no começo da pandemia por uma corrida para estocar comida e, em meio à crise econômica e alta no desemprego, seguirão sendo procurados por venderem itens essenciais.

Mas o setor também enfrenta uma concorrência maior. Se até antes da pandemia as vendas de alimentos e bebidas pela internet eram irrisórias, esse movimento se intensificou. As vendas online do Carrefour triplicaram no primeiro trimestre, segundo a empresa. Mas a demora das grandes redes para ampliar as vendas online nos últimos anos, além dos desafios logísticos de se vender itens de supermercado pela internet, abriu espaço para outros concorrentes.

Aplicativos de entrega, como iFood e Rappi, também ampliaram as vendas de mercado. No início de julho, a Uber Eats, braço de alimentação da empresa de tecnologia Uber, entrou no segmento em parceria com a Cornershop, empresa chilena criada há cinco anos e presente em seis países. Até varejistas de segmentos mais gerais como Mercado Livre e Magazine Luiza investiram no setor nos últimos meses.

A próxima onda dos supermercados inclui opções como a instalação de vendas no próprio condomínio residencial, para compras sem contato. Empresas como Boali e Nutricar têm montado pequenos mercados em edifícios residenciais, oferecendo comodidade a moradores em tempos de home office.

A rede Hirota de supermercados também lançou um novo modelo de lojas para condomínios residenciais. A loja, sem nenhum contato humano, será aberta pela leitura de código QR e as compras serão feitas por self check out. São mais de 500 itens voltados a comodidade, de carvão para a churrasqueira a bebidas, snacks e as tradicionais refeições prontas da rede. A briga pelo carrinho de compras ficou ainda mais acir

Acompanhe tudo sobre:BalançosCarrefourCoronavírusExame HojeResultadoSupermercados

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é