Telefônica: boa parte da piora do resultado da filial brasileira se deve à queda das receitas em euros (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 08h07.
Londres - A filial brasileira da Telefónica registrou queda nominal no resultado em euros de 10,1% no acumulado de 2014 na comparação com o ano anterior.
De acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, 25, na Espanha pela controladora da Vivo, o resultado operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA, na sigla em inglês) somou 3,543 bilhões de euros no ano passado.
Na comparação orgânica, houve ligeira alta, de 0,9%.
Boa parte da piora do resultado da filial brasileira se deve à queda das receitas em euros.
De janeiro a dezembro de 2014, as receitas no País somaram 11,231 bilhões de euros, valor 8,1% menor do que o registrado um ano antes.
Em termos orgânicos, porém, foi registrada ligeira elevação das receitas, de 0,5%.
Entre as filiais da Telefónica no mundo, o resultado operacional antes de depreciação e amortização caiu em termos nominais 44% na Alemanha, recuou 26,5% no conjunto das filiais da América Hispânica e recuou 10,6% na sede na Espanha.
Apenas a filial do Reino Unido, dona da marca O2, viu o OIBDA crescer com alta de 6,5% no ano passado.
Receitas
O balanço destaca positivamente que todas as subsidiárias têm registrado aceleração nas receitas. O fenômeno, porém, não é visto no Brasil.
"A receita líquida totalizou 50,377 bilhões de euros em 2014 e acelerou o crescimento orgânico no 4º trimestre, com alta 5% (ante 2,8% no 3º trimestre), com aceleração generalizada em todos os segmentos, exceto Telefónica Brasil", diz o balanço.
No quarto trimestre, as receitas no Brasil caíram 1,6%, para 2,85 bilhões de euros. Entre as demais filiais, o indicador cresceu 1,5% na Espanha, aumentou 6% no Reino Unido e acelerou 65,6% na Alemanha.
Na América Latina, houve expansão do indicador em todos os países - como Argentina, com alta de 10,6%, México com 12,2% e Chile com 8,7% - exceto a Venezuela, onde a companhia tem enfrentado novas regras mais restritivas no mercado oficial de câmbio.