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Restrições do Cade não são “doloridas”, diz Brasil Foods

Ameaçada de ver a fusão ser rejeitada pelo Cade, companhia considera justa a posição do órgão antitruste

Fay, presidente da Brasil Foods: venda de ativos vai compensar perda de caixa (Germano Lüders/EXAME.com)

Fay, presidente da Brasil Foods: venda de ativos vai compensar perda de caixa (Germano Lüders/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 13 de julho de 2011 às 18h59.

São Paulo - A Brasil Foods avaliou como muito boa a decisão do Conselho Administratrivo de Defesa Econômica (Cade), que aprovou com restrições a fusão da Sadia com a Perdigão, operação que deu origem à nova companhia.

“Não foi uma imposição dolorida. Foi razoável e atendeu nossas expectativas e também as do órgão antitruste", afirmou José Antônio Fay, presidente da Brasil Foods, em encontro com jornalistas nesta quarta-feira (13/7).

Dentre as restrições impostas pelo Cade, estão a venda de diversas marcas, bem como de fábricas e centros de distribuição. A Brasil Foods também deverá suspender a atuação das marcas Perdigão e Batavo em algumas categorias de produtos.

O impacto dessas restrições será de cerca de 3 bilhões de reais no faturamento da companhia. Segundo Fay, o valor não é uma perda para companhia, uma vez que a venda dos ativos vai engordar o caixa da Brasil Foods.

"Não estamos perdendo nada. Estamos ganhando. Tenho interesse de vender o mais rápido possível nossas marcas, pois queremos investir em outras categorias", disse.

A Brasil Foods, no entanto, colocará em prática as decisões do Cade somente a partir do próximo ano. "Precisamos desse tempo para organizar nossas operações", disse o executivo.

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