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Repsol ameaça tomar medidas legais contra concorrentes na YPF

A companhia petrolífera espanhola reivindica US$ 10 bilhões em compensação pelas ações desapropriadas, preço que a Argentina se opõe a pagar

Na segunda-feira, o engenheiro Miguel Galuccio assumiu a direção da YPF após a entrada em vigor da lei de desapropriação de 51% das ações da companhia petrolífera a Repsol (Cristina Arias/Getty Images)

Na segunda-feira, o engenheiro Miguel Galuccio assumiu a direção da YPF após a entrada em vigor da lei de desapropriação de 51% das ações da companhia petrolífera a Repsol (Cristina Arias/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 09h02.

Madri - A companhia espanhola Repsol enviou cartas a alguns de seus concorrentes - como Exxon, Chevron e ConocoPhillips - para advertir que empreenderá ações legais para proteger seus interesses na YPF após a desapropriação do Governo argentino, confirmaram fontes da companhia petrolífera nesta terça-feira à Agência Efe.

O objetivo destas mensagens é ressaltar a defesa dos ativos da filial da companhia petrolífera espanhola perante eventuais investimentos de outros grupos e até que a situação seja resolvida.

Nas cartas, segundo o jornal "Financial Times", a Repsol afirma que adotará "ações ou procedimentos legais para proteger os investimentos" a fim de prevenir interferências incorretas ou concorrência desleal "de terceiras partes que busquem tirar proveito das atuais circunstâncias".

No final de abril, os gerentes da companhia petrolífera YPF, que passou por uma intervenção no dia 16 pelo Governo de Cristina Kirchner, iniciaram uma rodada de reuniões com diretores da argentina Medanito e das americanas ConocoPhillips e Chevron, entre outras, na busca de acordos para impulsionar a produção de hidrocarbonetos.

A Repsol já tinha advertido que tomaria medidas legais contra qualquer companhia que tentasse investir na YPF ou subsidiar seus ativos.

A companhia petrolífera espanhola reivindica US$ 10 bilhões em compensação pelas ações desapropriadas, preço que o Governo argentino se opõe a pagar.

Na segunda-feira, o engenheiro Miguel Galuccio assumiu a direção da YPF após a entrada em vigor da lei de desapropriação de 51% das ações da companhia petrolífera a Repsol.

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