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Rentabilidade se manterá no alimento, diz Pão de Açúcar

Diretor vice-presidente de Finanças destacou que o grupo acredita em aumento de margens no segmento de não alimentos, que inclui a Via Varejo e a Nova Pontocom


	Supermercado do Grupo Pão de Açúcar: para diretor vice-presidente de Finanças, companhia tem muito espaço para melhoria de margens em 2014
 (Marcos Issa/Bloomberg)

Supermercado do Grupo Pão de Açúcar: para diretor vice-presidente de Finanças, companhia tem muito espaço para melhoria de margens em 2014 (Marcos Issa/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 14h41.

São Paulo - O diretor vice-presidente de Finanças do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Christophe Hidalgo, afirmou que a companhia espera manter os níveis de rentabilidade medida pela margem Ebitda no varejo alimentar em 2014.

Em teleconferência com jornalistas nesta sexta-feira, 14, o executivo destacou ainda que o Grupo acredita em um aumento das margens no segmento de não alimentos, que inclui a Via Varejo e a Nova Pontocom.

Para Hidalgo, a companhia ainda tem muito espaço para melhoria de margens em 2014 com ganhos de eficiência e redução dos investimentos por metro quadrado. A expectativa é que a expansão em número de lojas seja mais significativa que a de 2013 com o mesmo volume de investimentos.

"Estamos ainda com bastante espaço frente ao limite que a gente acredita que tem (para melhorias de margem)", declarou. O GPA investiu em 2013 um total de R$ 1,850 bilhão, abrindo 24 lojas no segmento alimentar e 41 da Via Varejo. O plano de expansão da companhia inclui a abertura de 400 lojas até 2016 no varejo alimentar e de 210 novas lojas na Via Varejo no mesmo período.

Para Hidalgo, o melhor dimensionamento dos investimentos deve contribuir até mesmo para a rentabilidade futura, com redução de gastos de manutenção. A economia nos investimentos pode ocorrer com redução de custo de terrenos e novos conceitos de loja.

No caso do varejo de alimentos, Hidalgo afirma que todos os ganhos de eficiência que a empresa ainda pretende capturar, devem consumidos com redução de preços nas lojas. Essa estratégia já adotada em 2013 é uma das explicações da companhia para o crescimento de vendas.

Hidalgo discorda da percepção de analistas de mercado de que o GPA está se beneficiando também de um momento de fraqueza de grandes concorrentes. O Walmart anunciou em outubro o fechamento de 25 lojas no Brasil e o Carrefour teve trocas em postos executivos. "Não entendemos que há momento de fraqueza na concorrência", diz o vice presidente do GPA. A redução de preços, diz, "não é um comportamento oportunista através do qual queremos capturar market share".

Ambiente macroeconômico

O executivo do GPA concorda que o ambiente macroeconômico no Brasil para 2013 oferece dificuldades, mas avalia que a companhia tem "muito espaço para crescer". Ele destaca que as perspectivas de curto prazo não são determinantes para a decisão da companhia de expandir em número de lojas.

"Obviamente estamos atentos ao comportamento do mercado de forma geral e observamos como todos", disse. "Apesar disso, o consumo no Brasil vem sendo dinâmico e, particularmente no segmento de alimentos, estamos longe de saturação", completou. Para ele, há muitas oportunidades em regiões ainda "subpenetradas" pela companhia, como o Nordeste.

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