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Rentabilidade é nossa grande meta, diz presidente da Cielo

Segundo Eduardo Gouveia, a companhia vem implementando conceitos de "squad", integrando funcionários em um único ambiente para melhorar a eficiência

Cielo: a transformação digital foi outro ponto abordado (Paulo Fridman/Bloomberg)

Cielo: a transformação digital foi outro ponto abordado (Paulo Fridman/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2017 às 13h34.

São Paulo - A rentabilidade é a grande meta da Cielo, disse o presidente da credenciadora de lojistas para a captura de transações com cartões de crédito e débito, Eduardo Gouveia, durante teleconferência com a imprensa nesta quarta-feira, 3.

"Temos deixado mais claro as metas da companhia aos funcionários", afirmou. Segundo ele, a companhia vem implementando conceitos de "squad", pelo qual os funcionários são integrados em um único ambiente para melhorar a eficiência de entrega.

Gouveia destacou ainda o compromisso da Cielo com a eficiência de custos, "o qual já gera resultados, com queda de 3,2% nas despesas em relação ao mesmo período do ano passado". "Realizamos revisão quinzenal de custos e despesas da companhia", afirmou.

A transformação digital foi outro ponto abordado na conversa com jornalistas. Gouveia citou que a Cielo implementou o conceito de entrega do "mínimo produto viável".

"Temos contaminado a companhia com esse conceito para haver delivery e também a entrega de produtos e projetos mais rápidos", explicou. "A transformação digital é a chave para o futuro e já observamos resultados tangíveis", disse.

O presidente da Cielo comentou ainda sobre a obtenção, na semana passada, pela companhia de licença para operar como instituição de pagamento na modalidade credenciadora. "É um marco para a companhia e reforça nosso compromisso com as melhores práticas. Traz conforto para nossas linhas de receitas", disse.

Sobre os volumes de transações, Gouveia comentou que a empresa trabalha "forte" para gerar mais valor aos acionistas. "Percebemos uma tendência de melhora nos últimos 12 meses e, especialmente nos últimos três meses, fomos bem em termos de volume", destacou.

Gouveia acrescentou ser, entretanto, prematuro dizer que efetivamente há uma melhora, explicando que o cenário macroeconômico tem parte importante nesse movimento. Ele sinalizou estar otimista, de todo modo, com as perspectivas para o País.

A Cielo reportou na terça-feira, após o fechamento do mercado, lucro líquido de R$ 1,001 bilhão no primeiro trimestre de 2017, representando aumento de 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 1% frente ao quarto trimestre de 2016.

O volume financeiro de transações da Cielo, excluindo o produto Agro, totalizou R$ 142,3 bilhões no primeiro trimestre, representando um aumento de 4,3% frente ao mesmo trimestre do exercício anterior e redução de 8,6% quando comparado ao volume capturado no quarto trimestre.

De acordo com o release de resultados, especificamente com cartões de crédito, o volume financeiro de transações totalizou R$ 79,6 bilhões nos três primeiros meses do ano, sem variação em relação ao primeiro trimestre de 2016, mas representando queda de 8,9% em relação ao intervalo imediatamente anterior.

Com a modalidade cartões de débito, o volume financeiro de transações totalizou R$ 65 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado e redução de 9,6% em relação ao quarto trimestre.

Ainda de acordo com o release de resultados, a base de clientes ativos que realizaram pelo menos uma transação nos últimos 60 dias cedeu 6,4% em 12 meses, para 1,693 milhão, e 3,6% na comparação com os três meses finais de 2016.

A base instalada de POS apresentou redução de 11,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 5,3% em relação ao quarto trimestre. A máquina sem fio (WiFi/GPRS) terminou o primeiro trimestre representando 71,4% da base instalada, aumento de 3 pontos porcentuais em relação ao primeiro trimestre do ano passado e de 0,4 ponto porcentual frente ao quarto trimestre.

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