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Renner compra Camicado e entra no setor de utilidades

O acordo ainda depende de aprovação em assembleia extraordinária de acionistas, em maio

Renner ficará com as unidades da Camicado em shoppings, mas as lojas da 25 de março, para atacado e varejo, serão mantidas (Tamires Kopp/EXAME)

Renner ficará com as unidades da Camicado em shoppings, mas as lojas da 25 de março, para atacado e varejo, serão mantidas (Tamires Kopp/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2011 às 19h31.

São Paulo - A gaúcha Lojas Renner anunciou ontem a compra da rede de utilidades domésticas paulista Camicado por R$ 165 milhões, incluindo R$ 8 milhões em dívidas. A empresa familiar, nascida na Rua 25 de Março, centro de comércio popular de São Paulo, tem 27 unidades em shoppings em seis Estados e no Distrito Federal. O negócio ainda depende de aprovação em assembleia extraordinária de acionistas, a ser realizada no início de maio.

O negócio é visto como a porta de entrada da Renner no mercado de produtos do lar, um mercado com potencial de consumo de R$ 15,7 bilhões por ano no Brasil. A Camicado, que tem 800 funcionários, faturou R$ 153,1 milhões no ano passado. Em termos de preço, as lojas em shoppings se situam no meio da pirâmide de renda, com valores praticados comparáveis aos de Tok&Stok e MMartan, segundo comunicado da Renner.

Além das unidades em shoppings, adquiridas pela Renner, a empresa fundada por Minolu Camicado - um filho de japoneses de 55 anos - também mantém sete unidades na 25 de Março, que deverão ficar de fora do acordo. Essas unidades, que foram a gênese da Camicado e funcionam no modelo "atacarejo" (atacado e varejo), vendem além de utilidades domésticas itens populares como produtos para festas e brinquedos.

Embora a Camicado fosse citada por fundos de private equity (investimento em participações) e bancos como um potencial alvo de fusão ou aquisição, o acordo com a Renner pegou o mercado de surpresa. Segundo especialistas em varejo, o negócio faz sentido para a Renner, gigante que fechou o ano passado com receita de R$ 2,75 bilhões e 134 lojas. Em 2010, a empresa lançou um modelo de unidades compactas, com o objetivo de elevar o número de pontos de venda com a bandeira Renner para 250 até o fim de 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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