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Renner antecipa lucro de cartões de crédito para 2013

O Meu Cartão, lançado em 2011, opera com as bandeiras Visa e Mastercard e pode ser usado fora das Lojas Renner, que tem sede em Porto Alegre


	Renner: o Meu Cartão e o cartão private da Renner, cuja carteira é de R$ 500 milhões, respondem por 54 por cento das vendas da varejista
 (Tamires Kopp/EXAME)

Renner: o Meu Cartão e o cartão private da Renner, cuja carteira é de R$ 500 milhões, respondem por 54 por cento das vendas da varejista (Tamires Kopp/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 16h34.

São Paulo - A operação de cartão de crédito da Lojas Renner SA, o Meu Cartão, deve passar a ser lucrativa na metade de 2013, um ano antes do previsto, segundo o diretor financeiro, Adalberto Pereira dos Santos.

O Meu Cartão, lançado em 2011, opera com as bandeiras Visa e Mastercard e pode ser usado fora das Lojas Renner, que tem sede em Porto Alegre. A carteira desse produto soma R$ 80 milhões e 1,1 milhão de clientes. A empresa pretende chegar a 5 milhões de titulares nos próximos quatro ou cinco anos.

"A operação foi desenhada para alcançar breakeven em três anos e tudo indica que esse prazo deverá ser antecipado para ano que vem”, disse o executivo em entrevista no escritório da Bloomberg, em São Paulo, no dia 21 de agosto.

O Meu Cartão e o cartão private da Renner, cuja carteira é de R$ 500 milhões, respondem por 54 por cento das vendas da varejista. A Renner administra os cartões sem parceria com instituição financeira e pretende continuar assim, segundo o executivo. No começo do mês, Lojas Americanas SA e Itaú Unibanco Holding SA informaram, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, que encerraram sua associação para concessão de crédito dentro da varejista.


Adalberto Santos disse que outras parcerias semelhantes entre varejistas e bancos também devem ser encerradas, pois há insatisfação dos dois lados. Isso porque os bancos acabam elevando os juros em momentos de alta da inadimplência ou ficam impedidos de conceder crédito a quem estiver em atraso com outras áreas da instituição financeira. Da mesma forma, não podem emprestar nas agências a quem não tiver pago um carnê da varejista a que ele estiver associado.

Inadimplência

A inadimplência na carteira da Renner tende a se estabilizar ou cair, segundo o executivo.
“O pior já passou”, disse ele. “Comparado ao ano passado, os números devem ficar estáveis ou melhores, não tem previsão de piora.”

A Renner encerrou o segundo trimestre com inadimplência de 3,9 por cento, contra 3,5 por cento um ano antes. O lucro líquido no período foi de R$ 103,5 milhões, a empresa informou em comunicado à CVM, contra projeção de R$ 110,4 milhões, segundo média de sete analistas consultados pela Bloomberg.

As ações da Renner acumulam alta de 37 por cento no ano, contra ganho de 4 por cento do Ibovespa. A Cia. Hering e Marisa Lojas SA acumulam alta de 40 por cento no período. Dos 24 analistas que acompanham Renner consultados, 10 têm recomendação equivalente a compra, 13 a manutenção e um a venda.

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