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Renda menor afetou vendas na Argentina, afirma Ambev

Para Nelson Jamel, diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Ambev, companhia teve resultado negativo mais dramático no país em abril


	Ambev: Jamel considerou que volumes de bebidas vendidos precisam continuar a crescer
 (Germano Lüders/EXAME)

Ambev: Jamel considerou que volumes de bebidas vendidos precisam continuar a crescer (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 16h43.

São Paulo - O diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Ambev, Nelson Jamel, afirmou nesta quinta-feira, 31, que o desempenho de vendas da companhia na Argentina foi afetado pela menor disponibilidade de renda dos consumidores em razão da inflação. A jornalistas, ele disse que a empresa segue cautelosa com o país.

"Vimos a renda do consumidor na Argentina sendo corroída rapidamente pela inflação e este ambiente macroeconômico desfavorável impactou o resultado da companhia", declarou.

"Permanecemos com uma expectativa mais cautelosa por conta dos últimos eventos e do grau de volatilidade muito alto", afirmou.

Segundo Jamel, a companhia teve um resultado negativo mais dramático no país em abril.

De acordo com ele, em junho houve alguma melhora, o que ele atribui a recomposição de renda na Argentina em razão de negociações salariais.

O executivo também respondeu a uma pergunta sobre a notícia de um novo calote soberano da Argentina.

"O evento do default em si não nos impacta, mas faz parte de um contexto macroeconômico volátil", declarou.

Postos de trabalho

A Ambev acredita que será possível manter a oferta de vagas de emprego nos próximos trimestres, afirmou Jamel.

O executivo disse que a manutenção do nível atual dos tributos de bebidas frias é determinante para a oferta de postos de trabalho.

Jamel respondeu a questionamento de jornalistas sobre os níveis de emprego no Brasil e riscos de desaceleração na criação de vagas.

"Nosso setor tem um peso importante na economia e vem crescendo, gerando vagas", disse.

Ainda assim, ele considerou que os volumes de bebidas vendidos precisam continuar a crescer e reiterou que a influência dos impostos deve ser determinante para isso.

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