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Renault pode fechar fábricas após primeiras perdas em dez anos

A prisão do principal líder da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, mergulhou essa aliança franco-japonesa em uma grave crise

Renault: empresa entrou no vermelho em 2019, pela primeira vez em dez anos (Vincent Kessler/Reuters)

Renault: empresa entrou no vermelho em 2019, pela primeira vez em dez anos (Vincent Kessler/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 13h09.

A fabricante de carros francesa Renault anunciou nesta sexta-feira (14) que pode fechar as fábricas sob um plano abrangente de economia, depois de registrar suas primeiras perdas desde 2009.

"Nosso objetivo é reduzir nossos custos estruturais em pelo menos 2 bilhões de euros nos próximos três anos", declarou a diretora-geral interina Clotilde Delbos, afirmando que o grupo anunciará seu plano de recuperação em maio.

Conforme o anúncio desta sexta, a Renault entrou no vermelho em 2019, pela primeira vez em dez anos, registrando uma perda líquida de 141 milhões de euros (155 milhões de dólares).

A prisão do principal líder da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, no Japão em novembro de 2018, devido a acusações de desfalque por parte de líderes do grupo japonês, mergulhou essa aliança franco-japonesa em uma grave crise.

Ghosn agora está refugiado no Líbano depois de fugir da Justiça japonesa.

Para 2020, o grupo francês antecipa uma nova baixa de seus benefícios e um volume de negócios da "mesma magnitude" que o de 2019.

O atual presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, expressou sua confiança na nova equipe administrativa, com a chegada planejada para julho do novo CEO, Luca de Meo, vindo da Seat (Grupo Volkswagen).

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