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Redução de preço do Viagra faz demanda crescer 50%

Fim da patente obrigou a Pfizer a reposicionar o medicamento para manter fatia no mercado

Estratégia: fim da patente obrigou a Pfizer a diminuir preço e aumentar produção para manter fatia do mercado (.)

Estratégia: fim da patente obrigou a Pfizer a diminuir preço e aumentar produção para manter fatia do mercado (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - Depois de apenas dez dias do anúncio na redução de 50% no preço do Viagra, a Pfizer viu crescer na mesma proporção as vendas de seu medicamento mais famoso. A redução de preço tem uma explicação simples. No próximo dia 20 de junho termina a patente do Viagra, que abrirá uma corrida entre os laboratórios para lançarem medicamentos genéricos semelhantes e lucrarem alto. Essa foi a saída encontrada pelo laboratório para manter sua fatia de mercado.

Ainda que os resultados sejam positivos nesses primeiros dias, a Pfizer não comemora. Segundo Adilson Montaneira, diretor da unidade de negócios de produtos estabelecidos da Pfizer Brasil, os lucros jamais serão os mesmos. "Não temos a pretensão de anular toda a perda", diz. "Ao final de um ano esperamos manter entre 60% a 70% das receitas, vindas de um volume 40% maior nos próximos 2 anos."

A Pfizer conta com um portfólio de 209 medicamentos (130 para saúde humana e 179 para saúde animal), o que a faz o 7º maior laboratório do país. No ano passado, o faturamento da empresa foi de 3,3 bilhões de reais -- só o Viagra representou 170 milhões de reais. O Viagra foi o segundo medicamento para disfunção erétil mais vendido no país em 2009, atrás do Cialis, do concorrente Eli Lilly.

Investir em outros medicamentos está fora dos planos do laboratório. Para fabricar um medicamento, é necessário cerca de 1 milhão de reais. "Acreditamos que esse mercado oferece bastante opções, por isso vamos investir na marca forte que tem o Viagra. Nossas pesquisas mostram que ele é o mais lembrado pelos consumidores", diz Adilson.

A Pfizer ainda conta com o medicamento injetável Caverject, mas por servir apenas a pacientes com severos problemas de disfunção erétil, o laboratório não concentrará esforços específicos para aumentar sua venda.

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