Grant Thorton: 54% das empresas brasileiras planejam investir em ESG nos próximos 12 meses (Getty Images/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 8 de agosto de 2022 às 16h53.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 15h06.
Se há alguns anos a implementação de uma agenda ESG dentro das empresas era encarada como uma simples tendência, hoje estar alinhado às boas práticas ambientais, sociais e de governança já se mostrou essencial para o sucesso dos negócios. E, a julgar pelo resultado de um levantamento global realizado no primeiro semestre deste ano pela consultoria Grant Thorton, boa parte do empresariado brasileiro já entendeu esse recado.
De acordo com a pesquisa, que fez um recorte com 255 empresas do mid-market brasileiro, 39% das companhias do país já estão desenvolvendo um plano estratégico com abordagem ESG; enquanto outros 54% pretendem investir em novos projetos no setor nos próximos 12 meses. Do total de empresas analisadas, quase metade (47%) apontou o pilar ambiental como prioritário em suas agendas.
A priorização de questões relacionadas à preservação do meio ambiente é motivada, principalmente, pela redução de custos que a implementação de uma agenda ESG pode representar para as companhias (como no caso da energia elétrica, por exemplo) – o que se comprovou quando 68% dos entrevistados apontaram a redução de custos e questões ligadas à reputação da marca como as principais razões para a implementação de uma agenda ESG em 2022.
Mas estas não são as únicas vantagens que uma boa estratégia ESG pode trazer para as companhias. Aumento da competitividade, mitigação de riscos, facilitação de acesso às linhas de crédito verde, fidelização de clientes e retenção de funcionários também entram na conta.
Para sair do discurso e focar no que é realmente material, o ESG precisa estar presente em todos os níveis hierárquicos (do top management aos cargos de entrada) das empresas. Nesse sentido, o primeiro passo é preparar os funcionários para que sejam capazes de dominar e implementar os critérios ESG no dia a dia.
Foi pensando nisso que a EXAME desenvolveu a Masterclass Empresa de Impacto ESG. Virtual e totalmente gratuito, o treinamento acontece nesta terça-feira, 9 de agosto, e tem como principal objetivo orientar CEOs, empreendedores, executivos e profissionais de RH sobre o processo de implementação de uma agenda ESG dentro das organizações. Para isso, a aula (que será ministrada por Renata Faber, head de ESG da EXAME) abordará os seguintes tópicos:
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O crescimento da preocupação com impactos ambientais no mundo corporativo que apareceu na pesquisa da Grant Thornton coincide com o aumento do interesse da nova geração de consumidores, investidores e steakholders pelo tema. Mas é preciso ter em mente que nem sempre o pilar ambiental é o mais material para um negócio – e que isso deve ser levado em consideração na hora de montar um planejamento estratégico.
Para o setor de tecnologia, onde a inovação é essencial, investir no pilar social do ESG pode ser mais efetivo, à medida em que ajuda a atrair e reter talentos e a aumentar a diversidade dos times. Já para uma instituição financeira, onde a transparência dos processos e a segurança das informações não pode ser questionada, a governança é provavelmente o ponto mais relevante.
“As empresas brasileiras ampliaram seu olhar para os aspectos ESG, mas ainda há lacunas importantes a serem preenchidas”, alerta Daniele Barreto e Silva, líder de Sustentabilidade da Grant Thornton Brasil, em um artigo publicado no site da empresa. “Os aspectos sociais, assim como os ambientais, precisam amadurecer de forma mais efetiva, pois a sociedade e os investidores estão cada vez mais atentos a identificar as empresas que estão realmente comprometidas e possuem práticas concretas de sustentabilidade”, avalia a especialista.
Seja como for, uma empresa verdadeiramente comprometida com os critérios ESG deve compreender o seu papel na sociedade, mapear seus impactos e trabalhar para mitigar os negativos e amplificar os positivos.