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Redecard pode se fortalecer com entrada do Itaú no banco Carrefour

Credenciadora de cartões do Itaú poderia ter condições diferenciadas na financeira, segundo o Banco Barclays

Redecard: acordo do Itaú com Carrefour pode ampliar sua base de cartões processados (Germano Lüders)

Redecard: acordo do Itaú com Carrefour pode ampliar sua base de cartões processados (Germano Lüders)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 19h56.

São Paulo - A Redecard também pode ser beneficiada pela compra de 49% do banco Carrefour pelo Itaú. A avaliação é do Banco Barclays, que enxerga possibilidades de reforçar a presença da credenciadora de cartões na financeira do Carrefour.

“O Itaú Unibanco pode também ter a oportunidade de revisitar a estrutura de captação de pagamentos do Carrefour, se a Redecard ainda não tiver sido adotada, sob um acordo preferencial”, afirma o Barclays em relatório assinado pelos analistas Roberto Attuch, Fabio Zagatti e Henrique Caldeira.

“Acreditamos que uma elevada interação entre bancos e adquirentes é uma peça-chave na competição por contas-domicílio”, diz o relatório.

A Redecard é controlada pelo Itaú. Recentemente, o banco iniciou mudanças na direção da credenciadora de cartões. Em fevereiro, por exemplo, o Itaú indicou Claudio Takashi Yamaguti para a presidência da Redecard, no lugar de Roberto Medeiros, que ocupava o cargo desde 2008.

Sinergias

A Redecard também vive um momento de expansão do mercado, favorecida pelo fim da exclusividade no mercado de cartões, que passou a vigorar em julho do ano passado.

Para o Barclays, a entrada do Itaú no capital do banco Carrefour seria uma oportunidade de a Redecard explorar melhor a base de cartões da financeira, estimada em mais de 11 milhões de plásticos, entre a marca própria, Mastercard e Visa.

A compra dos 49% de capital do banco Carrefour foi fechada por 725 milhões de reais pelo Itaú. A instituição encerrou 2010 com uma carteira de crédito de 2,8 bilhões de reais, e ativos de 559 milhões de reais.

A principal concorrente da Redecard é a Cielo, controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco.

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