Negócios

Redecard atribui queda em lucro a mudança de taxa e maiores despesas

Lucro líquido caiu 13,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010; volume de transações cresceu 33,2%

Uso de cartão para pagamento: a Redecard segue investindo na expansão de bandeiras (Getty Images)

Uso de cartão para pagamento: a Redecard segue investindo na expansão de bandeiras (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 13h43.

São Paulo -  A Redecard atribui a queda de 13,9% em seu lucro do segundo trimestre em relação ao mesmo de 2010 a impactos de custos e despesas e à redução na taxa líquida de desconto (o que a empresa cobra pela prestação de serviço sobre a venda no débito), que passou de 1,43% em 2010 para 1,15% nesse trimestre.

Apesar do crescimento de 33,2% no volume de transações em crédito, ele não compensou a taxa, que vinha em queda desde o fim da exclusividade das bandeiras dos cartões de crédito e até se recuperou a partir desse trimestre. 

A empresa não acredita que vá voltar a ter taxas de 1,43% - adotada antes da queda da exclusividade das bandeiras. “O mercado de maior competição traz benefícios para todos, mas ao mesmo tempo faz ter caixa menores”, disse Claudio Takashi Yamaguti, presidente da Redecard. 

Os custos e despesas, por sua vez, aumentaram em decorrência de investimentos em melhorias de níveis de serviço, logística e outros, segundo Yamaguti. A Redecard atribuiu a variação nas despesas operacionais a volume, estratégia de serviços aos clientes e novas iniciativas. Os custos totais dos serviços prestados e as despesas operacionais, somados, cresceram 31,7% em relação ao segundo trimestre de 2010.

Foco 

A rede segue investindo na expansão de bandeiras. Yamaguti destacou a realização da primeira transação com a banderia China Unionpay, asiática, que soma 2,5 bilhões de cartões no mundo. O plano da rede é aceitá-la em toda sua rede até o início de 2012 e aproveitar o período de Olimpíadas e Copa do Mundo. A Redecard também está ampliando a aceitação de Hipercard em suas máquinas – planeja passar dos 85% atuais para 100% até o final do ano - e investe na captura de bandeiras regionais. 

O foco está em fazer aumentar a aceitação de cartões no mercado brasileiro. A empresa cita estudos que indicam uma participação dos cartões em 25% do mercado brasileiro de pagamentos - em mercados mais desenvolvidos essa participação chega a 45%.  “Temos espaço para ocupar nesse meio de pagamento”, disse Yamaguti. 

Para ocupar espaço, a empresa investe em formas de impulsionar o uso de cartões pelos consumidores, como programas de fidelidade. “O trabalho é colocar serviços adicionais”, disse Yamaguti. O mercado vai dobrar a cada cinco anos, segundo estimativas da empresa. “Estamos preparando a máquina para isso”, disse Yamaguti.

Acompanhe tudo sobre:administradoras-de-cartoesBalançosEmpresasFinançasRede SustentabilidadeServiçosservicos-financeiros

Mais de Negócios

Empresa cresce num mercado bilionário que poupa até 50% o custo com aluguel

Como esta administradora independente já vendeu R$ 1 bilhão em consórcios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é