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Rede Madero negocia a compra do parque Beto Carrero

A operação deve ser concluída ainda em agosto. Em janeiro, a hamburgueria recebeu aporte de 700 milhões de reais do fundo de private equity Carlyle

O parque estava sendo preparado para abertura de capital, mas a oferta do Madero tem mais ingredientes que dinheiro: conta com a experiência do empreendedor Junior Durski (Andreia Bohner/Flickr/Creative Commons/Flickr)

O parque estava sendo preparado para abertura de capital, mas a oferta do Madero tem mais ingredientes que dinheiro: conta com a experiência do empreendedor Junior Durski (Andreia Bohner/Flickr/Creative Commons/Flickr)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 8 de agosto de 2019 às 12h08.

Última atualização em 8 de agosto de 2019 às 13h40.

São Paulo - A rede de lanchonetes Madero está negociando a compra do complexo de entretenimento Beto Carrero, segundo EXAME apurou. A operação é estimada em 1 bilhão de reais e deve ser concluída ainda neste mês, de acordo com fontes próximas às negociações.

Em janeiro, o Madero recebeu aporte de 700 milhões de reais do fundo de private equity Carlyle, que ficou com 23,3% da participação da hamburgueria fundada por Luiz Renato Durski Junior, mais conhecido como o chef Junior Durski. Naquele momento, o Madero foi avaliado em 3 bilhões de reais.

O parque de diversões vinha sendo disputado exatamente pelo Carlyle e pelo fundo de investimentos Advent, por ter crescido dois dígitos nos últimos quatro anos, mesmo com a estagnação econômica em curso no país. No ano passado, os ganhos operacionais do complexo de entretenimento atingiram 120 milhões de reais.

Em entrevista a EXAME em junho, Rogério Siqueira, presidente do Beto Carrero, disse que estava preparando a companhia para abertura de capital, o que ocorreria quando os ganhos anuais atingissem algo entre 150 milhões e 200 milhões de reais. Para acelerar o processo, o parque chegou a pegar empréstimo de 50 milhões de reais com o BNDES.

Mas a oferta do Madero acabou fazendo Siqueira mudar os planos. Afinal, a compra não se restringe ao dinheiro. Está embutida também a experiência de Durski, que transformou o mercado de hamburguerias no Brasil - e também tem interesse de se listar na bolsa de valores.

Inaugurada em 2005, a rede tem atualmente 141 restaurantes e pretende abrir outros 52 somente em 2019. Os números incluem as cadeias Madero, Stake House e Jerônimo (de apelo mais popular).

Procurados, a direção do Beto Carrero nega a informação, Durski não comenta e Carlyle não respondeu até o fechamento da matéria.

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