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Rede de hamburguerias Johnny Rockets anuncia expansão no Brasil

Além das unidades tradicionais em shopping centers, a rede irá focar em lojas voltadas a praças de alimentação, 20% mais baratas para competir com fast food

Unidade da rede Johnny Rockets  (Johnny Rockets/Divulgação)

Unidade da rede Johnny Rockets (Johnny Rockets/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 06h00.

São Paulo - Com visual retrô e hambúrgueres gourmet, a rede americana Johnny Rockets se prepara para dobrar de tamanho no Brasil nos próximos anos. Com 23 unidades, quer chegar a 35 em 2019 e a 50 em 2020.

A expansão virá de novos formatos, como lojas para praça de alimentação e quiosques, e da parceria com sócios e franqueados. Com faturamento de 44 milhões de reais em 2017, a previsão é alcançar 60 milhões de reais este ano. Já globalmente são mais de 350 unidades em 32 países pelo mundo, com vendas superiores a 360 milhões de dólares.

A empresa chegou ao Brasil em 2013, depois de uma batalha judicial para obter os direitos da marca no país - havia outro restaurante com nome e visual parecidos. Nos últimos cinco anos, a maior parte deles vividos em meio a crise econômica, a empresa chegou a 23 unidades no Brasil. O plano inicial era atingir 30 unidades no mesmo tempo.

"Tivemos momentos emocionantes e tensos durante esses anos. Precisávamos acelerar a expansão, mas não conseguimos atingir a velocidade pretendida", afirma Antonio Augusto de Souza, máster franqueado da rede americana no Brasil.

A crise econômica não foi o único obstáculo no caminho da Johnny Rockets. Ela também enfrenta acirrada concorrência com outras redes de hambúrguer gourmet, que explodiram no país nos últimos anos.

Duas lojas, que não davam os resultados esperados, foram fechadas e abertas em novos locais, com mais movimento. "Revisitamos nosso plano e decidimos focar em lojas com bons resultados, ao invés de quantidade", diz o empreendedor.

Agora, com a melhora do momento macroeconômico, a rede deve voltar a abrir lojas. Nos próximos cinco meses, serão seis novas unidades e, até o final de 2019, inaugurar de 12 a 15 restaurantes pelo Brasil. O novo projeto é alcançar 50 unidades até 2020.

Novos formatos e parceiros

Além das unidades tradicionais em shopping centers, que tem de 300 a 400 metros quadrados, a rede irá focar em lojas menores, voltadas a praças de alimentação.

Os restaurantes têm um cardápio reduzido e preço 20% menor, para competir com mais força com as redes de fast food. Os sanduíches são vendidos em um combo com refrigerante e batata frita. Dessa forma, enquanto o tíquete médio nos restaurantes tradicionais é de 50 reais, nas unidades de praça de alimentação é de 30 reais.

A rede também irá lançar o formato de quiosque, inédito para a rede e exclusivo para o Brasil. Irá vender sorvetes, milkshakes, batata frita e cachorro quente.  Com mais opções de negócios, a expansão também fica mais simples, diz Souza, uma vez que nem todos os shopping centers comportam lojas grandes.

Concentrada no Sudeste, a rede quer chegar a mais capitais e grandes cidades espalhadas pelo Brasil, principalmente no Nordeste e Centro-Oeste. No entanto, sem uma fábrica própria ou centro de distribuição, depende de parceiros para chegar a essas regiões. Para dar suporte à expansão, a empresa deve dobrar o número de fornecedores nos próximos anos.

Além disso, também busca franqueados e sócios interessados em investir na rede. "Não conseguimos operar restaurantes muito distantes, por isso queremos sócios locais", diz o empreendedor. Por ter trabalhado por quase 10 anos como franqueado do McDonald's no Brasil, Souza acredita que encontrar sócios ou franqueados locais é a melhor estratégia para expandir um negócio. Para o modelo de joint-venture, o investimento inicial será de 500 mil reais.

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