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Record nega rombo de R$ 200 milhões e diz que crescerá 15%

Emissora diz que são falsos os boatos de que estaria sofrendo sérios problemas com prejuízo e problemas na administração


	Olimpíadas de Londres 2012: exclusividade de transmissão foi da Record
 (Getty Images)

Olimpíadas de Londres 2012: exclusividade de transmissão foi da Record (Getty Images)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 9 de novembro de 2012 às 16h21.

São Paulo – A Rede Record enviou hoje um comunicado à imprensa afirmando não ser verídica as informações sobre a crise financeira da emissora, que tem reestruturado programas e demitido pessoas nos últimos meses. A suspeita é de que as mudanças teriam acontecido em decorrência de um prejuízo atual de 200 milhões de reais da empresa, segundo informações divulgas ontem na mídia.

“A sequência de publicações ignora que em 2012 a Record fez uma inédita e exclusiva cobertura dos Jogos Olímpicos de Londres, que marcou a história da televisão brasileira, e colocou em evidência os patrocinadores que acreditaram em nosso projeto”, afirmou a empresa em comunicado.

A Record deve fechar o ano com um crescimento de 15 % do faturamento publicitário, “mais do que a média de todo o mercado”, diz a emissora de TV por meio da nota.

A empresa afirma também que já definiu o seu cronograma em televisão aberta e gratuita para 2013 que incluirá a produção de uma macrosérie baseada no espetáculo teatral “Dona Xepa” e a primeira novela do autor Carlos Lombardi na Record. “Além disso, acabamos de adquirir o direito de produzir um dos maiores sucessos da televisão americana e europeia, o Show Got Talent”, diz em nota.

Gestão suspeita

De acordo com o UOL, a emissora estaria sendo forçada a fazer uma série de mudanças para reduzir custos rapidamente, enquanto realiza ao mesmo tempo outras alterações de grade na tentativa de aumentar a audiência – e a publicidade, claro. A estimativa é que a programação do canal tenha médias de até 0,4 ponto de ibope (cada ponto corresponde a 60 mil domicílios na Grande São Paulo).

Pagamento de altos salários, despesas com o contrato caro pago para a exclusividade de transmissão das últimas Olimpíadas e erros de planejamento são alguns dos fatores que contribuíram para que as contas da emissora não fechassem nos últimos tempos. Outro agravante, de acordo com o site, foi o fato do dinheiro da igreja Universal pela cessão de horários na madrugada ter se tornado insuficiente para equilibrar ou ao menos reduzir o volume das despesas da emissora.

Na segunda-feira, dia 5, a emissora avisou que o Record News, seu programa jornalístico, passaria por uma grande reformulação de sua grade de programação na tentativa de sanar o prejuízo.

“A experiência do primeiro canal de notícias em televisão aberta totalmente gratuito demonstrou que o formato precisa se adequar ao novo momento de comunicação no País. Assim, a nova Record News terá conteúdo estritamente jornalístico e sua programação vai priorizar as principais informações do dia”, afirmou a empresa por meio de comunicado.

No dia seguinte, com a demissão de cerca de 40 funcionários, o ex-âncora de algumas edições do "Hora News", principal boletim de notícias da Record News, e do vespertino "Direto da Redação", João Santos desabafou em seu Twitter: “Queridos ap de hoje não faço mais parte da Record News, que demitiu quase todos os profissionais . Boa sorte pra gente e vamos em frente!.”

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