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Recém-criada, Netfarma avalia entrada de fundo

Criada há um ano por um time que reúne empresários da indústria farmacêutica e do e-commerce, a companhia encerra 2013 com cerca de 20 mil itens na carteira


	Remédios: comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da Netfarma
 (Getty Images)

Remédios: comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da Netfarma (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 14h48.

São Paulo - A Netfarma, empresa online de medicamentos, avalia a entrada de investidores para acelerar seu plano de expansão para as principais capitais do país. Criada há um ano por um time que reúne empresários da indústria farmacêutica e do e-commerce, a companhia encerra 2013 com cerca de 20 mil itens na carteira (14 mil produtos diferentes), entre remédios e produtos de higiene e beleza.

O negócio foi criado como uma alternativa aos entregadores de bicicleta das farmácias de bairro, brinca Nelson Libbos, um dos sócios da companhia e ex-presidente da farmacêutica Teva no Brasil. “Algumas das grandes redes farmacêuticas têm a opção de entrega com pedidos na internet, mas a Netfarma foi criada só para essa finalidade”, diz.

A comodidade de comprar produtos pela internet impulsionou as vendas da Netfarma. Neste primeiro ano de operação, a companhia deverá registrar receita de cerca de R$ 20 milhões. A meta é triplicar o faturamento no ano que vem e multiplicar por dez até 2015.

O processo de expansão está sendo planejado sem atropelos. “Nós já fomos procurados por fundos de investimentos, mas não estamos com negociação em curso”, diz Libbos.

A entrada de dinheiro novo está sendo discutida como forma para impulsionar o crescimento da companhia pelos sócios - entre eles, Omilton Visconde Jr. (ex-Biosintética, atual MIP Farma Brasil) e Márcio Kumruian (da Netshoes), todos como pessoa física.

Hoje a Netfarma, com sede em São Paulo, tem um centro de distribuição em Barueri (Grande São Paulo) e planeja construir outros centros em capitais das regiões Sudeste e Sul, em uma primeira etapa.

A compra de remédios pela internet pode até parecer simples. E de fato é. Mas tem suas limitações. A venda de medicamentos de tarja preta, que exige a apresentação de receita azul, é proibida pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa). Os de tarja vermelha, com receita controlada, como antidepressivos, também, explica Geraldo Mol, presidente da Netfarma. “A venda de antibióticos (que também exige receita) só é feita em São Paulo. Nesse caso, o consumidor é obrigado a entregá-la ao motoboy quando recebe o produto”, diz Mol.

Os produtos da Netfarma são entregues em todo o País. Fora da capital paulista e da Grande São Paulo, os pedidos chegam via Correios. Para valores acima de R$ 100, o frete é grátis. Em São Paulo, há a opção de entrega expressa, para o mesmo dia, e superexpressa, em até 4 horas, com taxa de R$ 8,50. “Nosso tíquete médio é de R$ 110”, afirma Mol.

Vantagem online

A Netfarma tem atualmente 1.230 CPFs cadastrados. Boa parte das vendas é de produtos de higiene e beleza, apesar de o site ter sido criado como um canal de vendas de medicamentos. “A compra pela internet, além da comodidade, tem a vantagem de manter o consumidor no anonimato. Muitos ficam constrangidos de entrar em uma farmácia para comprar produtos, como fraldas geriátricas, preservativos e medicamentos para disfunção erétil, por exemplo”, afirma Mol. A empresa planeja criar programa de fidelização de clientes, a exemplo das redes do varejo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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