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Rappi lança "shopping" no app com entrega em 1 hora no Brasil

"Shopping digital" já tem 50 parceiros incluindo marcas como Fast Shop, Decathlon, Saraiva e L’Occitane

Rappi: aplicativo tem hoje 6,5 milhões de usuários nos sete países em que atua (Marcos Joel Reis/Rappi/Divulgação)

Rappi: aplicativo tem hoje 6,5 milhões de usuários nos sete países em que atua (Marcos Joel Reis/Rappi/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2020 às 09h09.

Última atualização em 13 de março de 2020 às 09h09.

São Paulo — A startup colombiana Rappi vai inaugurar uma nova frente de negócios no Brasil nesta semana. A partir da próxima atualização o aplicativo da empresa vai oferecer aos usuários o Rappi Mall, um serviço que promete colocar um "shopping center" na palma da mão do consumidor, com entregas feitas em até uma hora.

Segundo a empresa, que revelou a novidade com exclusividade ao jornal O Estado de S. Paulo, a vertical já nasce com mais de 50 parceiros incluindo marcas como Fast Shop, Decathlon, Saraiva e L’Occitane.

"Estamos tentando mudar o comércio eletrônico. Muitas marcas oferecem entregas em até 24 horas, mas queremos fazer tudo em uma hora", diz Eduardo Sodero, diretor da Rappi no Brasil. Inicialmente, o serviço vai funcionar apenas em São Paulo, mas a meta da empresa é que ele esteja presente em breve em todas as 60 cidades do País em que a startup atua. Para ficar de pé, a operação vai se sustentar em dois pilares: os entregadores parceiros da colombiana e as lojas físicas das empresas que se associaram à iniciativa.

"Assim que o usuário fechar o pedido no aplicativo, mandamos uma mensagem para a loja preparar o pacote e o entregador já se dirigir ao local", explica o executivo. O modelo de negócios também será parecido com o que já é praticado pela Rappi com restaurantes parceiros: a startup colombiana cobra uma comissão sobre a venda dos produtos. Sodero não revelou qual será o porcentual praticado pela Rappi no Mall - com o negócio de entrega de refeições, esse valor costuma girar em torno de 25% do pedido do usuário.

Foco no produto

O sistema de organização do app, porém, vai ser diferente no Rappi Mall. Com restaurantes, o foco está nos estabelecimentos e depois nos pratos. Já no "shopping center", os produtos estarão no centro da experiência. "Primeiro, o usuário busca por um celular ou uma roupa, depois vai conferir as lojas", afirma Sodero. A previsão da Rappi é ter mil parceiros no fim do ano.

A empresa também está treinando os estabelecimentos parceiros para conseguir que os produtos sejam despachados de forma rápida. Segundo Sodero, há algumas lojas que já deixam tablets com o app do Rappi aberto, disponível aos vendedores. "Eles ficam numa fila, para atender tanto a quem entra na loja como os pedidos que chegam no tablet, e podem inclusive fazer sugestões pelo app. Se o consumidor busca uma bermuda, o vendedor pode sugerir uma camiseta que combina", afirma.

Na visão de Sodero, o Rappi Mall pode abrir "avenidas" para vários setores no e-commerce. "Muitas pesquisas mostram que alguns consumidores deixam de comprar online por conta do tempo e do custo da entrega", diz ele. Se o tempo será resolvido com ajuda dos 200 mil entregadores da companhia no País, o custo deixa de ser um entrave para quem assina o Rappi Prime, serviço da startup que, por R$ 19,90 ao mês, isenta do pagamento de taxas de entrega.

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