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Raízen tem lucro em combustíveis e perdas na produção

Raízen Combustíveis, responsável pela distribuição de combustíveis por meio da rede de postos Shell, apresentou um lucro líquido 401,9 milhões de reais


	Raízen Combustíveis, responsável pela distribuição de combustíveis por meio da rede de postos Shell, apresentou um lucro líquido 401,9 milhões de reais
 (Ricardo Teles/Divulgação)

Raízen Combustíveis, responsável pela distribuição de combustíveis por meio da rede de postos Shell, apresentou um lucro líquido 401,9 milhões de reais (Ricardo Teles/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 12h32.

São Paulo - A Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, anunciou nesta quarta-feira lucro líquido de 314,4 milhões de reais no terceiro trimestre da safra 2014/15, aumento de 35,1 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior, com a divisão de combustíveis mais do que compensando perdas na área de produção e comercialização da maior indústria de cana-de-açúcar do mundo.

A Raízen Combustíveis, responsável pela distribuição e comercialização de combustíveis por meio da rede de postos Shell, apresentou um lucro líquido 401,9 milhões de reais, alta de 15,4 por cento ante o mesmo período do ano anterior.

"Este aumento é explicado, principalmente, por um melhor resultado operacional, com aumento da margem bruta, em função do aumento nos volumes vendidos e uma redução das despesas operacionais com vendas e administrativas", disse a companhia em nota.

Já a Raízen Energia, cuja principal atividade é a produção e a comercialização de produtos derivados da cana-de-açúcar, incluindo açúcar bruto (denominado VHP) e branco, etanol anidro e hidratado, apresentou um prejuízo líquido de 87,5 milhões de reais, ante prejuízo líquido de 115,4 milhões de reais reportado no mesmo trimestre da safra anterior, com uma piora no resultado financeiro em função da variação cambial.

O volume de cana-de-açúcar moída pela Raízen Energia no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2014 totalizou 11,7 milhões de toneladas, queda de 27,5 por cento na comparação anual, "ocasionada principalmente por condições climáticas adversas, representadas pelo clima seco que prejudicou o crescimento do canavial".

O tempo seco levou a uma redução total de 7 por cento do volume da cana moída na safra 2014/15, para 57,1 milhões de toneladas, na comparação com a temporada anterior.

No terceiro trimestre da safra, a Raízen Energia operou 24 usinas, com capacidade instalada de moagem de cerca de 66,8 milhões de toneladas de cana/ano.

A produção de açúcar somou 847 mil toneladas no trimestre e 4,08 milhões de toneladas na safra, queda de 9,2 por cento na comparação com o acumulado da temporada anterior.

Já a fabricação trimestral de etanol atingiu 454 milhões de litros e 2,06 bilhão de litros no ano 14/15, alta de 1,3 por cento no ano.

A receita operacional líquida da Raízen Energia totalizou 2,64 bilhões no trimestre, alta de 24,3 por cento na comparação anual, principalmente em função da maior concentração de vendas neste trimestre.

"Os principais responsáveis pelo aumento da receita líquida no período foram os maiores volumes vendidos tanto de açúcar quanto de etanol, bem como o maior preço médio de etanol e cogeração de energia praticados no mercado."

A Cosan divulgará suas demonstrações financeiras relativas ao quarto trimestre (equivalente ao terceiro trimestre da Raízen) e do exercício social de 2014, com a devida revisão de seus auditores independentes, em 18 de março de 2015, após o fechamento do mercado.

A ação da Cosan operava em queda de mais de 1 por cento por volta das 13h09, enquanto o Ibovespa caía 0,9 por cento.

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