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Raízen e GIP negociam consórcio por refinarias da Petrobras, dizem fontes

Se a oferta for bem sucedida, marcará o primeiro investimento da GIP no Brasil, que começou a captar um novo fundo para investir em mercados emergentes

Petrobras: a empresa colocou diversas refinarias à venda como plano de desinvestimento (Germano Lüders/Exame)

Petrobras: a empresa colocou diversas refinarias à venda como plano de desinvestimento (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 15h56.

São Paulo — A gestora de fundos Global Infrastructure Partners (GIP) planeja apresentar uma oferta conjunta com a Raízen pelas refinarias colocadas à venda pela Petrobras, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto.

A Raízen, uma joint venture entre a Royal Dutch Shell PLC e a produtora de etanol Cosan SA, apresentou ofertas não vinculantes pelas maiores refinarias colocadas à venda pela Petrobras, conforme publicado pela Reuters no final de novembro.

A GIP, baseada em Nova York, administra 50 bilhões de dólares em ativos em seus fundos de infraestrutura e investe em setores como energia, transporte, água e gerenciamento de resíduos.

A Raízen recusou-se a comentar. A GIP não respondeu de imediato a pedidos de comentário.

Se a oferta for bem sucedida, marcará o primeiro investimento da GIP no Brasil. No ano passado, a gestora começou a captar um novo fundo para investir em mercados emergentes na América Latina e Ásia.

A Raízen controla 7 mil postos de gasolina no Brasil e na Argentina, e tem cerca de 3mil clientes. Apesar de controlar uma refinaria na Argentina, ainda não tem presença em refino no Brasil, onde a Petrobras exerce o monopólio no setor.

As ofertas vinculantes pelas quatro maiores refinarias são esperadas para o início de março, e precisam ser entregues já com a composição final dos grupos, segundo as fontes, que pediram anonimato porque as discussões não são públicas.

Desde novembro, quando a Petrobras selecionou quatro grupos que passaram à fase de ofertas vinculantes por suas quatro refinarias, as empresas estão negociando a formação de consórcios.

Os grupos selecionados para a segunda fase são Ultrapar Participações SA, Raízen, o fundo estatal dos Emirados Árabes Unidos Mubadala Investment Company e a petroleira chinesa Sinopec, disseram fontes à Reuters no final do ano passado.

Ultrapar e Mubadala estão em negociações com potenciais parceiros, mas não chegaram a acordos, segundo pessoas com conhecimento do assunto. A Sinopec pretende apresentar uma oferta individualmente, acrescentaram as fontes.

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