Raia Drogasil: companhia divulga hoje seus resultados do segundo trimestre de 2020 (Claudio Gatti/Exame)
Mariana Desidério
Publicado em 11 de agosto de 2020 às 06h40.
Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 06h52.
Depois de um ótimo primeiro trimestre, a rede de farmácias RD - Raia Drogasil tem o desafio de manter o ritmo em um cenário de concorrência mais turbinada. A companhia divulga hoje seus resultados do segundo trimestre de 2020.
Impulsionada pela pandemia, que gerou maior procura por remédios, a empresa teve lucro ajustado de 152,75 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 44,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Enquanto a maior parte do varejo fechou as portas, as farmácias permaneceram abertas. A procura pelas vendas de remédios online também cresceu, o que deu gás para um dos pontos fortes da RD, sua operação digital. Para não perder o pique, a companhia manteve a previsão de abrir 240 novas lojas em 2020.
Mas o pano de fundo do setor está mais desafiador. Nos últimos meses, redes concorrentes têm se movimentado para ganhar mercado, o que deve dificultar a vida da líder RD. Na semana passada, a rede de farmácias D1000 levantou 460 milhões de reais em sua oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês) na bolsa de valores brasileira, a B3.
Em julho, a Panvel, forte no Sul do país, anunciou ao mercado que irá realizar uma oferta de ações com possibilidade de levantar até 1,2 bilhão de reais, sendo 600 milhões destinados à empresa e 592 milhões de reais aos atuais acionistas. A rede Pague Menos, forte no Nordeste, também anunciou que quer abrir capital, com possibilidade de levantar mais de 1 bilhão de reais.
Uma vez capitalizadas, as redes regionais devem reforçar suas operações para fazer frente ao avanço da RD nas lojas físicas. Também podem reforçar sua operação digital, modalidade que vem ganhando espaço em todos os setores do varejo com a pandemia. Para a Raia Drogasil, não é hora de ficar parada.