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RadioShack, rede de lojas de eletrônicos, pode ir à falência

O fundo Standard General LP já está em negociações para ser mediador no pedido de falência, segundo o Wall Street Journal

EXAME.com (EXAME.com)

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Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 17h00.

São Paulo - Há 94 anos, a RadioShack vende artigos eletrônicos, peças para computadores, tocadores de mp3 e celulares nos Estados Unidos. Porém, por causa dos constantes prejuízos nos últimos anos, a empresa irá entrar com pedido de falência.

O fundo de investimentos Standard General LP já está em negociações para ser mediador no pedido de falência da empresa, segundo o Wall Street Journal.

Quando for emitido, o pedido não será surpresa para os investidores. A rede reportou prejuízos nos últimos 11 trimestres e amargava uma dívida no valor de US$ 841 milhões.

Em 2013, o fundo Salus Capital Partners ofereceu US$ 250 milhões em empréstimos para a sobrevivência e reestruturação da empresa. Com uma condição. Em acordo, a Salus proíbe que a RadioShack feche mais de 200 lojas por ano fiscal.

Porém. a varejista tenta convencer seus credores a fechar 1.100 lojas que não lucram o suficiente. Essa proibição impede que a companhia consiga se reorganizar, segundo o presidente Joe Magnacca.

O encerramento de operações e cortes de funcionários fazem parte do plano de reduzir os custos da RadioShack em US$ 400 milhões por ano. 

A empresa opera, atualmente, quase 4.300 lojas na América do Norte e emprega mais de 24.000 pessoas. Em 2014, 175 locais foram fechados.

Com o começo de um novo ano, a empresa pode encerrar mais 200 lojas, sem conflitos com os credores. Ainda sem aviso oficial de quais lojas seriam fechadas, alguns gerentes já foram avisados de que suas lojas seriam encerradas nos próximos 90 dias, segundo o site Dallas News

Segundo o Wall Street Journal, funcionários de diversas lojas foram instruídos a enviar celulares mais valiosos para outras localidades, além de aplicar descontos no estoque restante.

Em janeiro, a rede também anunciou que fecharia um centro de distribuição em funcionamento há mais de 30 anos na Califórnia. 

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