Negócios

Queremos vender até telha, diz CSN

Em teleconferência, companhia anuncia que iniciará a produção de não-commodities, como telha, cimento e chapa pintada

Aciaria da CSN, no RJ: empresa iniciará produção de não-commodities (.)

Aciaria da CSN, no RJ: empresa iniciará produção de não-commodities (.)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - A CSN agregará ao seu portfólio, a partir deste ano, produtos de maior valor agregado destinados aos setores nos quais a empresa já atua. Na lista de não-commodities estará produtos voltados para o ramo de construção civil e autoindústria, como telha, cimento e chapa pintada. As informações foram divulgadas hoje (11/08) durante a teleconferência de resultados da companhia.

"Daqui para o final do ano, as cadeias ficarão mais interessadas em receber produtos de maior valor agregado e temos plena condição de atender essas necessidades", afirmou Luiz Fernando Martinez, diretor comercial da CSN. "No caso do setor automotivo, começaremos a vender, ainda este ano, peças de carro, além de bobinas de aço".

Seguindo essa estratégia, a CSN passa a andar na contramão da maioria de seus concorrentes. Em vez de ganhar apenas com aumento de escala de produção de aço, a empresa passa a investir em vendas para nichos de mercado a longo prazo.

De acordo com Martinez, essa será uma maneira de oferecer produtos diferenciados ao mercado e também de se proteger da volatilidade de aumento de preços do setor. "Mais do que uma mudança de preço, promoveremos uma mudança de valor, com a oferta de serviços diferenciados aos clientes".

A companhia acredita que o preço praticado nos próximos três anos será acima de 100 dólares por toneladas. Os ajustes, informou a empresa, estão negociados com cada uma das empresas atendidas pela CSN.

“Nossa visão é desse mercado continuar bastante acirrado nos próximos anos, em fusão do aumento do preço do minério de ferro, aliado a robustez do mercado doméstico e estabilidade do mercado europeu”, afirmou Martinez.
 

Acompanhe tudo sobre:CommoditiesConcorrênciaCSNEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasVendas

Mais de Negócios

Dois tipos de talento em IA que toda empresa precisa, segundo executivo do Google

Marcas chinesas de beleza investem em aquisições para expandir presença global

Estudantes brasileiros devem olhar além do 'sonho americano' — este grupo apresenta uma alternativa

Toyota cria 'cidade do futuro' no Japão para testar mobilidade e sustentabilidade