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Publicado em 6 de março de 2024 às 07h00.
A gestão de finanças é uma das áreas mais importantes na administração de um negócio. Organizações que possuem uma boa saúde financeira têm mais possibilidades de se manterem vivas no mercado a longo prazo.
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que quase 60% das empresas vão à falência nos primeiros cinco anos. A falta de planejamento financeiro é um dos principais motivos.
Dada a importância desse assunto, cargos como o de diretor financeiro (CFO - Chief Finance Officer), estão se tornando cada vez mais essenciais na estrutura organizacional para a formulação de estratégias e planejamento financeiro de longo prazo.
Considerando que este profissional precisa manter a empresa alinhada às expectativas reais dos acionistas, a comunicação entre CFOs e gestores de áreas específicas precisa ser constante e eficaz. É neste momento que ambos profissionais esbarram em um grande desafio: gestores de outras áreas não entendem sobre finanças.
Pensando em diminuir esse abismo entre diretores financeiros e profissionais que trabalham em outros setores — mas que precisam entender melhor as finanças corporativas —, elencamos os principais indicadores que todo gestor precisa conhecer para tomar decisões em parceria com o CFO.
Os indicadores financeiros podem desempenhar diferentes papeis dentro da estrutura de uma empresa. Quando derivados do planejamento estratégico, eles se tornam estratégicos, representando os principais objetivos do negócio para o futuro.
Em nível tático, eles são utilizados para determinar como cada área contribuirá para alcançar esses objetivos principais, geralmente a médio prazo.
Abaixo, confira os principais.
Faturamento é o total de receitas geradas pela venda de bens ou serviços por uma empresa durante um determinado período de tempo. Ou seja, é a quantia total de dinheiro que entra no negócio como resultado das transações comerciais realizadas.
Essa é uma métrica-chave para avaliar o desempenho financeiro de uma empresa e é frequentemente utilizada como base para calcular outros indicadores financeiros, como lucro bruto e margem de lucro.
Conhecer quais são os principais custos fixos e variáveis do negócio é fundamental para ter um maior controle sobre as finanças.
Custos fixos: são as despesas que permanecem constantes independentemente do volume de produção ou vendas da empresa. Não importa se uma organização produziu um ou 100 produtos, o custo com aluguel, salários, seguros e depreciação de equipamentos, por exemplo, será o mesmo.
Custos variáveis: estes podem mudar de acordo com a produtividade da empresa. Matéria-prima, valor de entrega, embalagens e comissões de vendas são exemplos típicos de custos variáveis.
Esse indicador ajuda a entender o comportamento de compra dos clientes e pode ser usado para monitorar o desempenho das vendas, identificar tendências de consumo, ajustar estratégias de marketing e otimizar a rentabilidade do negócio.
O ticket médio é calculado dividindo o faturamento total pela quantidade de transações realizadas em um determinado período de tempo, geralmente mensal.
Essa é a sigla para Retorno sobre o Investimento. Essa métrica é utilizada para avaliar a eficiência e a lucratividade de um investimento. Ele é calculado como a relação entre o ganho líquido (lucro) obtido com o investimento e o custo do investimento, geralmente expresso como uma porcentagem ou razão.
Um ROI positivo significa que o investimento gerou lucro, enquanto um ROI negativo indica prejuízo.
DRE, ou Demonstração do Resultado do Exercício, é um relatório contábil que apresenta o desempenho financeiro de uma empresa, geralmente, dentro de um ano. Por meio dele, é possível compreender de forma transparente se houve lucro ou prejuízo e os seus motivos.
Nesse documento constam informações sobre receita de vendas, custo dos produtos vendidos, despesas com salários, aluguel, marketing, e outras receitas e gastos não operacionais.
Ao analisar a DRE, os investidores, credores e gestores podem tomar decisões mais assertivas sobre investimentos, empréstimos e estratégias de negócios.
Ele indica a proporção dos recursos financeiros da empresa que foram financiados por dívidas em comparação com os recursos próprios. O grau de endividamento é calculado utilizando diferentes fórmulas, mas geralmente envolve a comparação entre as obrigações financeiras da empresa (como empréstimos, financiamentos e debêntures) e o patrimônio líquido ou ativos totais.
Uma empresa com alto grau de endividamento pode enfrentar maiores riscos financeiros, como dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras ou custos elevados com juros. Por outro lado, um grau de endividamento baixo pode indicar uma situação financeira mais estável e uma capacidade maior de investimento com recursos próprios.
*Este conteúdo é apresentado por Faculdade EXAME