Dez exemplos de empresas e empresários que querem esquecer esse ano
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h37.
1. Vivendi fecha acordo milionário com a CVMzoom_out_map
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No começo de dezembro, o conglomerado francês Vivendi fechou um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para extinguir um processo no qual era acusado de possível fraude na compra do controle da GVT. A Vivendi apresentou, inicialmente, proposta de pagar à CVM a quantia de 5 milhões de reais. Diante da negativa da CVM, a empresa elevou a oferta para 150 milhões de reais. "O valor do compromisso se afigura proporcional à gravidade das imputações formuladas, sendo suficiente para desestimular a prática de condutas assemelhadas", informou a CVM. Esse é o maior acordo do tipo já fechado no país. Apesar do pagamento, a empresa afirmou que não reconheceu qualquer irregularidade em relação à aquisição da GVT. A Vivendi foi acusada de não oferecer informação completa sobre a quantidade de ações que detinha da GVT, levando o mercado a acreditar que a empresa francesa já tinha volume suficiente para evitar que outras empresas fizessem ofertas pela GVT. A Vivendi adquiriu a GVT em novembro do ano passado por 7,2 bilhões de reais.
Em 2010 a Aibus se viu às voltas com problemas de fornecedores. Com o A380, o problema foi nos motores fabricados pela Rolls-Royce. Em 4 de novembro, um Airbus A380 da Qantas que ia a Sydney precisou retornar ao aeroporto de Cingapura ao sofrer uma explosão após um dos motores da fabricante britânica Rolls-Royce pegar fogo. A Rolls-Royce se comprometeu a resolver o problema do vazamento de óleo nos motores "Trent 900". A Airbus afirmou que o distúrbio causado pelo acidente poderá atrasar as entregas de A380s em 2011. Outro problema foi com as sondas "Pitot", fabricadas pela Thales – e que foram acusadas de colaborar no acidente da Air France do dia 1º de junho de 2009, com a aeronave que cobria a rota Rio de Janeiro-Paris. No final de novembro a Air France acusou a Airbus por um suposto defeito na aeronave que caiu no dia 1º de junho de 2009, quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris. A companhia aérea informou que a Airbus teria negligenciado os alertas sobre os incidentes que a empresa aérea vinha verificando com as sondas "Pitot" - que medem a velocidade e são fabricadas pela companhia francesa Thales.
Os pedais do acelerador da Toyota – e mais diversos problemas – lhe renderam dias amargos em 2010. A empresa teve que pagar aos Estados Unidos uma multa de 16,4 milhões de dólares por não ter alertado com rapidez o governo sobre as falhas no pedal do acelerador de seus veículos. A multa é a maior penalidade civil já imposta a uma montadora de veículos no país. Uma crise no fim de 2009 e início de 2010 obrigou a Toyota a convocar o recall de mais de 10 milhões de automóveis no mundo por uma série de problemas técnicos; em particular, os pedais de aceleração, que poderiam ficar bloqueados. O problema das falhas no pedal foi associado a quase 50 mortes nos Estados Unidos. Naquele país, as montadoras têm cinco dias úteis para notificar os reguladores quanto a possíveis defeitos, segundo autoridades locais. A montadora alegou que o pagamento da multa não representava a admissão de erros por parte da empresa. A Toyota anunciou em dezembro o que possivelmente será seu último recall desse ano. Foram convocados 94.000 veículos Sienna tipo "van" modelo 2011, devido a um problema nas luzes dos freios.
A Metro-Goldwyn-Mayer Studios já vivia uma situação penosa há algum tempo. Em novembro desse ano, o estúdio de Hollywood pediu concordata. A MGM possui o maior catálogo de filmes do mundo, com 4.000 títulos, entre eles, sucessos como E O Vento Levou. Sua dívida é um milhão de vezes maior – é superior a 4 bilhão de dólares. O investidor bilionário Carl Icahn disse que chegou a um acordo com a MGM e seus credores antes do pedido de proteção contra falência para ajudar o estúdio. Segundo o investidor, pelo plano a MGM vai adotar mudanças na governança corporativa e não vai adquirir o catálogo de filmes da Cypress. Icahn também terá o direito de apontar um diretor para o conselho da MGM quando a empresa sair da concordata. A MGM registrava uma receita de 350 milhões de dólares anuais, mas só os juros da dívida consumiam cerca de 250 milhões por ano. Os credores pressionam para a venda da companhia desde o final de 2009.
5. Deloitte e os balanços problemáticoszoom_out_map
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A Deloitte foi criticada em 2010 por não ter encontrado um rombo de 2,5 bilhões de reais no banco PanAmericano – do qual ela era responsável pela auditora independente desde 2001. Este não foi o único caso. A consultoria também é suspeita de deixar passar problemas nas contas do Carrefour e da Brasil Telecom. Os três casos representam perdas totais próximas de 5,5 bilhões de reais para as empresas. O caso mais ruidoso, porém, foi o do PanAmericano. A Deloitte afirmou em entrevistas à imprensa que não é culpada pelo que ocorreu no banco – assim como nos outros casos - e que quer restaurar sua reputação. Mas, agora, isso ficou para 2011.
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